“É sim, de verdade, nada de subterfúgio”, repete Fábio Santana, 31, a quem o vê andar com uma máquina de cartão de crédito e débito pendurada no ombro. A frase é de efeito, até porque o equipamento está visivelmente quebrado. “Mas a GPS tá chegando aí”, esclarece logo, se referindo à máquina que diz usar à tarde e que, afirma, funciona muito bem: o flanelinha garante que já chegaram a passar R$ 100 pelos serviços que oferece na sinaleira, entre a avenida Jorge Amado e a Rua das Araras, no Imbuí.
A tal GPS seu irmão, Ângelo, usa numa loja no Caboatã Shopping, onde trabalha. “Quando ele precisa usar, ele me chama”, explica.Mas, não se tem notícia de um irmão tão brother: nem ele nem a máquina apareceram enquanto o CORREIO fazia a reportagem.
A história lembra a da personagem Adelaide, do metrô do Zorra Total (Globo/TV Bahia), que pede esmola com máquina de cartão. Fábio, porém, diz que a inspiração é outra. “Quem deu a ideia foi minha mulher. Ela viu no YouTube um vídeo de um mendigo que pedia esmola no cartão de crédito. Ela me disse: ‘Já pensou se você tivesse uma máquina de cartão, como ia facilitar?’”. Leia mais AQUI