sábado, 24 de novembro de 2018

LIVRO JERÔNIMO GOMBÉ E SANTO AMARO DE IPITANGA - Construção da Igreja de Santo Amaro de Ipitanga - Lauro de Freitas


Construção da Igreja de Santo Amaro de Ipitanga - Lauro de Freitas 


Os jesuítas construíram essa igreja de Santo Amaro no século XVII. Segundo padre João Abel esta foi inaugurada no Dia dos Santos Reis, a 6 de Janeiro de 1608 a qual completará ‘‘Quatrocentos anos no ano 2008’’. Desde 1628 já acontecia batizados. Santo Amaro passou 114 anos como capela. Em 1636 foi realizada a primeira missa aqui. Daí chega-nos a confirmação de alguns nativos que avós dos avós, contavam que moradores fundadores do local na época compondo-se de índios, escravos e portugueses ajudaram aos jesuítas na construção da igreja de Santo Amaro, carregando bacias de areia da praia, carregando pedras da praia e do Rio Ipitanga. Segundo antigos os jesuítas quando aqui chegaram fixaram morada num sitio, tendo deixado marcas vivas de sua passagem no qual pusera o nome de Sitio Amaro Santo.
Contam os antigos que o jesuítas construíram a igreja com a frente virada para a praça. Após realizada puseram a imagem de Santo Amaro no altar-mor de frente para a praça. Terminada a missa a igreja fechada, no dia seguinte que abriram a igreja encontraram a imagem de frente para o rio Ipitanga, local onde o santo apareceu. Esse fenômeno aconteceu mais de uma vez chegando os jesuítas a uma conclusão, fazer a frente da igreja para beira do rio. Afirmavam os antigos que naquele tempo existiu aqui um sobrado em frente à igreja, onde morava o Barão de Abrantes. Tais antigos ainda encontraram escombros do sobradinho. Local que depois de muitos anos passou a pertencer à Ana Noronha-Naninha. Quando criança Berenice Leite-Beré foi levada por mais velhos pra ver perto da praia o lugar de onde retiraram pedras para a construção da igreja. Em 1687 a carta foral da Irmandade do Santíssimo Sacramento, foi lavrada foreira no senado da Câmara da Bahia Poder Legislativo.

Teresinha da Gloria Oliveira Magalhães 

LIVRO JERÔNIMO GOMBÉ E SANTO AMARO DE IPITANGA - Santo Amaro de Ipitanga


Santo Amaro


Santo Amaro monge Beneditino, nascido no século VI da era cristã depois de cristo. Habitou em mosteiros, teve vida monástica. Teve grande desempenho pastoral na França e Itália no ano de 584. Foi pastor na igreja Católica Apostólica Romana. Morreu no século L da era cristã. Canonizado a séculos pelo Vaticano. Adotado por Jesuítas Beneditinos em 1578. Escolhido para nomear a primeira Freguesia do Litoral da Bahia. Seu manto é preto e dourado, esse era o hábito da ordem Beneditina da qual ele pertencia. Sua imagem trás na mão direita um cajado, na esquerda uma Bíblia. Muitos fiéis referem-se a Santo Amaro como ‘‘O Velho’’ costume herdado de Antepassados. Na fé cristã, fiéis fazem orações a Santo Amaro para curar dor de cabeça, rouquidão, reumatismo e paralisia. Padroeiro dos Carregadores e dos fabricantes de vela. Segundo o historiador Cid Teixeira, Santo Amaro chamava-se Santo Mauro, talvez por termo linguístico tornou-se Amaro, assim conhecido até hoje.


Aparição
                                                            
Aparições longínquas segundo ancestrais, que vem passando de gerações em gerações, que em tempos bem remotos algumas crianças tomando banho no Rio Ipitanga, Encontraram em meio à Tabatinga e pedras uma imagem grande em madeira, do velho monge Santo Amaro na beira do Rio, nos fundos da casa de hoje Maria do Carmo Leite. Á está Tabatinga branca os artigos davam o nome de Arrelique. As crianças acorreram á adultos para dizer-lhe a descoberta. Os poucos moradores foram ver a imagem. No início o Santo ficou numa casa, a novidade do aparecimento do antigos jesuítas, os quais andavam nas redondezas da Bahia e frequentavam Vila de Abrantes. Os jesuítas mandaram fazer uma réplica em tamanho natural. Quanto a imagem achada, enviaram-na ao Vaticano em Roma.

O Milagre


O local onde o Santo Amaro apareceu virou milagre. Os antigos daqui e de outras redondezas, faziam Romarias ao local levando água milagrosa para casa. Antigos contam que existia ‘‘O MILAGRE’’, local de onde escoava uma água límpida formando um poço, que perdurou por muitos anos. Mas um dia algumas moças desciam para o rio, pararam olhando para o poço, que perdurou por muitos anos. Mas um dia algumas moças desciam para o rio, pararam olhando para o poço todas contemplando-o De repente uma delas disse: essa água está tão cristalina! Que dá vontade de tomar banho! A água do rio era vermelha ferrugem, mas a do milagre era cristalina saída das pedras e Tabatinga à margem do rio. As outras moças bem depressa disseram-lhe: ninguém pode tomar banho aí! Esse é o lugar dos milagres! Mas a tal moça deu um mergulho no poço banhando-se a vontade. As outras ficaram de olhos arregalados sem acreditar no que viam. Quando a moça resolveu sair do poço a água ficou barrenta e nunca mas limpou; depois disso o poço secou e o local dos milagres acabou. Cândido do Carmo pai de Emídio do Carmo e de Plínio do Carmo moradores e donos de hoje é a Prefeitura velha, fez uma casa de farinha nos fundos desta, envarou cobriu com palhas depois pegaram Tabatinga do lugar que foi o milagre para taipar a mesma. Cândido e alguns homens taiparam-na, no dia seguinte a Tabatinga estava toda no chão, deixando Cândido e os amigos confusos. Daí Cândido resolveu taipar pela segunda vez, desta com o sol quente com a Tabatinga menos molhada, por algumas horas a Tabatinga ficou mas no dia seguinte de manhã, lá estava no chão. Com isso Cândido desistiu de usar aquela Tabatinga. Tapou-a com outro barro. A Tabatinga do milagre era de duas cores, no centro de onde a água escoava era branca e ao redor era amarela. Para alguns antigos o milagre era entre a casa de Maria do Carmo Leite e a casa de João Vigia e sua mulher Quixiu, no quintal. Depois de muitos anos João Vigia cercou o lugar onde foi o milagre, mas terceiros fez ele tirar a cerca.

Teresinha da Gloria Oliveira Magalhães

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