quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Prefeito e Vice tomam posse em Lauro de Freitas


Eleito com mais de 50 mil votos, o prefeito de Lauro de Freitas Márcio Paiva (PP) e o vice-prefeito Bebel Carvalho tomaram posse dos cargos na noite desta terça-feira, 1º de janeiro, na Câmara Municipal de Lauro de Freitas, no Centro da cidade. A cerimônia foi conduzida pelo presidente da Câmara de vereadores Gilmar Oliveira, também empossado na mesma noite ao lado dos outros 16 vereadores eleitos.
Em seu discurso, que foi transmitido em telões para centenas de pessoas que lotavam a praça em frente à Câmara, Márcio Paiva ressaltou que as decisões tomadas para a cidade serão discutidas com cautela: “Só se faz política com ideias e discussões. O diálogo é essencial para tomarmos as decisões corretas”, declarou.
Paiva anunciou a criação de um fundo para a Educação que será administrado pelos próprios profissionais da área. “É importante que os profissionais que vivem a realidade de sua função tenham autonomia para sugerir e investir no que deve ser melhorado”, afirmou.
O prefeito destacou ainda que seu mandato será voltado para o povo, assim como a sua campanha: “Vamos mudar a realidade da cidade, respeitando as pessoas e mostrando que política não se faz por interesse próprio”, disse.
Após a cerimônia, o prefeito deu prosseguimento à sessão empossando os secretários de governo. Márcio Paiva esteve acompanhado da sua esposa, a primeira dama Adriana Paiva.
Estiveram presentes nas solenidades o deputado federal João Leão, o deputado estadual Cacá Leão e o ex-prefeito de Lauro de Freitas, Marcelo Abreu. Paiva substitui Moema Gramacho (PT), que esteve há oito anos à frente da Prefeitura e que não compareceu ao evento, mas enviou uma carta de agradecimento à população, que foi lida durante a sessão.
Perfil
Nascido em 9 de agosto de 1967, Márcio Araponga Paiva tem 45 anos e é médico formado pela Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública em 1990. O novo prefeito de Lauro de Freitas foi eleito vereador duas vezes na cidade, em 2004 e em 2008, pelo PP.
Fonte: Bocão News

IGREJA DE SANTO AMARO DE IPITANGA - LAURO DE FREITAS - BAHIA



 
UMA PARÓQUIA 
As expressões religiosas, o misticismo e a fé são traços fortes da alma humana na cultura de Lauro de Freitas. Por sermos um País de tradição e cultura cristã, tendo os Padres Jesuítas como os principais mentores da propagação desta fé, nos primórdios de nossa sociedade, muitos destes traços podem ser observados ainda hoje em nossos costumes.Segundo o Historiador Francisco de Senna, em palestra proferida pela passagem dos 30 anos de emancipação municipal, inicialmente os Jesuítas fundaram nesta margem de cá do rio Joanes a aldeia de São João, logo após a chegada da Companhia de Jesus às terras brasileiras, entre os anos de 1558 e 1578, ano provável de fundação da nova freguesia, com orago dedicado a Santo Amaro de Ipitanga (Água vermelha em Tupi).


O Santo possui um hino próprio, adaptado em outra melodia composta por Dona Jozelita, já falecida. Existem na Igreja Matriz duas imagens sacras do monge Beneditino, em diferentes tamanhos. A imagem maior, obra primorosa do Barroco da Arte Sacra, fica no nicho do altar principal. Os mais tradicionais devotos tratam respeitosamente o santo de “O velho”, em sinal de respeito ancestral. Há uma lenda sobre as peripécias de Santo Amaro correndo de boca em boca na cidade: contam-nos os Paroquianos que, em tempos passados, mudou-se a posição da imagem, voltada para o rio Ipitanga, colocando-a voltada para a praça. Contrariando essa mudança, o Santo aparecia voltado à posição original!…

É sempre bom lembrar que, no passado, a irmandade do S. S. de Santo Amaro, composta por leigos e fiéis agregados a esta irmandade, organizava festas, procissões, novenas e administrava os bens patrimoniais da Igreja, dentre outras atribuições. Esta irmandade, que hoje não mais existe, era composta por homens influentes e rivalizava-se com outra irmandade igualmente destacada, a Irmandade de São Miguel Arcanjo, que para o pesar de todos teve furtada a sua imagem na Matriz em 1974, até hoje não recuperada.
Outras devoções também exerceram grande influência na vida espiritual da comunidade. A devoção a Nossa Senhora das Dores, bela imagem de roca existente na Igreja Matriz, tem seu próprio altar. No passado, a devota Maria L. Pires foi sepultada em jazigo perpétuo aos pés da Santa. Nossa Senhora do Carmo também foi uma devoção bastante presente no coração dos fiéis, em especial as mulheres. Festejada a 16 de julho, já teve nos áureos tempos. Em sua irmandade de fiéis, senhoras como D. Gersonita Angélica da Silva, dentre outras, que organizavam muito animadas noites em seu louvor.
Outra irmandade feminina era a do Sagrado Coração de Jesus, formada por idosas senhoras da comunidade laurofreitense. Usam fitas alusivas à sua devoção, de cor vermelha, orgulhosamente colocadas no pescoço. 

Além de freqüentarem e participarem das missas na matriz, elas desenvolvem outras atividades ligadas à fé: círculo de orações, visita de caráter humanitário a pessoas enfermas, orações por graças alcançadas, etc…
Além das irmandades femininas. As masculinas também já tiveram participação destacada na sociedade local. As irmandades do Santíssimo Sacramento de Santo Amaro do Ipitanga e de São Miguel Arcanjo desempenharam papéis sociais importantes, como suporte para o catolicismo. A Irmandade do S.S. de Santo Amaro era formada por homens. Na festa do padroeiro, encarregavam-se de preparar a animação e dar brilho à festa. Na procissão, vestidos a caráter, conduziam o andor do Padroeiro, cuidavam dos funerais dos seus membros, das missas e ficavam responsáveis pela administração dos bens patrimoniais da Paróquia (terras foreiras à Igreja).A outra irmandade de São Miguel Arcanjo rivalizava-se com a do Padroeiro nos áureos tempos. As transformações verificadas na estrutura social e o crescimento e ascensão de outros cultos e religiões na cidade, além de outros fatores, determinaram o fim desses grupos, restando hoje somente a Irmandade do Sagrado Coração de Jesus, mas mesmo assim, bem aquém do esplendor de outrora.
Outras festas religiosas também assumiam destacada importância em Lauro de Freitas. A Festa de Santa Luzia (Virgem Mártir de Siracusa) foi, em tempos remotos, uma festa de grande apelo popular. No dia 13 de dezembro, na Igreja Matriz, a festa era animada, vinham romeiros de Itapuã, em caravanas, com a imagem da Santa, rezavam missa e depois caiam no samba de roda.


 Fontes: Cartilha histórica de Lauro de Freitas, editado pela Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas, livro Jerônimo Gombé & Santo Amaro de Ipitanga de Terezinha da Glória O. Magalhães

GONÇALO E O PÉ DE OITI - LAURO DE FREITAS - BAHIA


Foto:Maria Vitória Ramos

José Gonçalo Valongo, pais; Gonçalo Isidio Valongo e Marcelina Valongo. Gonçalo casado com Isaura.
 Gonçalo na época de menino, indo e vindo com sua mãe Marcelina de Salvador, viu essa árvore bonita chamada; Oiti, apesar de menino já sabia o significado da palavra; semente, apaixonou-se pelo Pé de Oiti . Este pediu a sua mãe pra trazer um pé de Oiti para plantar aqui em Santo Amaro, Marcelina fez a vontade do filho. De Salvador trouxeram dois pés de Oitis, da Fazenda Saboeiro, da roça de João Barbadinho, que dava os fundas com a Fazenda de Antônio Faustino, Avô de Renê  Magalhães. Um Oitizeiro foi plantado onde está hoje, o outro Oitizeiro foi plantado onde era a antiga Escola Américo Simas, Marcelina mãe de Gonçalo, plantou os pés de Oitis no ano de 1922. Mas os bois de Naninha sempre pastavam por perto e as vezes tentavam comer os pés de Oitis. Quando Gonçalo ou alguém viam os bois, tangiam-nos. Mesmo assim terminou estes comendo o pé de Oiti da Escola Américo Simas. Para proteger sua plantinha tão especial trazida de Salvador, Gonçalo fez-lhe uma cerca em volta, e todos os dias regava-o. Quem cuidava e zelava do Oitizeiro era Gonçalo, sua mãe Marcelina e Geralda de Haroldo, que era prima de Gonçalo, e sobrinha de Marcelina. Geralda as vezes passava dias com sua tia Marcelina. Estes varriam em volta do Oitizeiro e regava-o. Este pé de Oiti cresceu viçoso e bonito, os casais de namorados já daquela época, viam na amigável e frondosa sombra do adolescente Oitizeiro, um espontâneo convite ao romantismo. Estes sentavam em baixo do Oitizeiro, tocavam a conversar, mão na mão e tudo bem. Dito por Chiquinha na época aos 87 anos; eu e Artêmio sentava pra prosar debaixo do Oitizeiro no início do namoro, imagine! De que tempo é essa árvore.
   Eu também sentei em baixo desta árvore para namorar com My Rener. Em épocas especiais para os antigos como; festa do Padroeiro Santo Amaro, Natal, o pé de Oiti ficava lindo todo iluminado. Debaixo deste a noite, era festa dançante do Bar Catari. De manhã á tarde era samba. O pé de Oiti é presença forte e Histórica  de Santo Amaro de Ipitanga. Hoje Lauro de Freitas. Depois de desmedidas  escavações , o velho Oitizeiro mostra sinais de cansaço. Hoje há quem diga que este não é e nunca mais será o mesmo. Esse pé de oiti tem 78 anos de plantado completos no ano 2000. Todo ano no dia 30 de Dezembro comemora-se a Lavagem do Pé de Oiti.

FONTE DE PESQUISA: LIVRO JERÔNIMO GOMBÉ E SANTO AMARO DE IPITANGA
                                         TEREZINHA DA GLÓRIA OLIVEIRA MAGALHÃES

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