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O Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional na Bahia (Iphan-Ba), obteve uma urna funerária de um povo indígena extinto, os Aratus. Com aproximadamente 1,20m de altura, o vasilhame de cerâmica com opérculo (tampa) foi encontrado e transportado de uma fazenda no povoado de Canabrava, município de Esplanada, Nordeste da Bahia. “Apesar de achados fortuitos serem recorrentes, essa é a última urna íntegra recolhida pelo Iphan-Ba nos últimos dez anos”, ressaltou o arqueólogo Luiz Viva. Estima-se que este tipo de vasilhame fosse utilizado no acondicionamento de víveres em momento anterior a morte dos indivíduos pertencentes aos grupos Aratu, e que na ocorrência de óbitos, fossem reutilizados como urnas funerárias para a realização de enterramentos indiretos (o corpo do indivíduo é colocado em algum recipiente antes de ser enterrado), sendo os indivíduos ali colocados em decúbito dorsal (a forma em que o feto se acomoda na barriga materna). A identificação ocasional de vestígios arqueológicos é considerada pela Lei Federal 3924/61 como “achado fortuito”. Tal lei estabelece que o cidadão comum, uma vez que observe a ocorrência de bens arqueológicos, deve comunicar ao Iphan. Ao receber a comunicação, o órgão envia ao local seus técnicos para os registros devidos, promovendo também um trabalho de orientação aos proprietários e usuários dos locais dos achados. O indivíduo que localizou tais bens culturais torna-se seu fiel depositário até que sejam entregues ao Iphan.