quinta-feira, 2 de abril de 2015

Após ter perna amputada, idoso usa prótese improvisada de madeira Ex-seringueiro perdeu a perna após ter sido picado por uma cobra. Prótese é adaptada para região às margens do Rio Juruá, no interior do AC.


Ex-seringueiro diz preferir prótese de madeira por ser mais leve  (Foto: Adelcimar Carvalho/G1)
Ex-seringueiro diz preferir prótese de madeira por ser mais leve (Foto: Adelcimar Carvalho/G1)



O ex-seringueiro Francisco Alves Pedrosa, de 77 anos, mora na estrada da Variante, que liga a BR-364 à cidade de Cruzeiro do Sul, distante 648 km da capital Rio Branco. Aos 25 anos, em 1963, Francisco perdeu parte da perna direita após ter sido picado por uma cobra. Cansado de usar muletas, ele começou a fabricar próteses com madeira da região do Juruá.
A retirada de látex das seringueiras exigia que Francisco ficasse muito tempo na floresta. Ele conta que foi picado outras três vezes por cobra, mas conseguiu atendimento rápido no hospital e ficou sem novas sequelas.



A ideia de usar a madeira partiu do próprio ex-seringueiro. "Durante 20 anos, andei de muleta. Depois, passei a usar a perna de pau, feita de madeira. Passei muitos anos [assim], eu mesmo fazia. A que uso hoje aqui foi um vizinho já falecido, que trabalhava fazendo embarcações, que me presenteou. As primeiras eu mesmo fazia, pegava um pedaço de madeira, cavava com um formão e fazia por conta própria. Para calçar, forrava com pano para evitar calos", explica.
Em 2014, Francisco chegou a ganhar uma prótese de alumínio, mas opta pela de madeira por conta do local onde mora, uma área úmida às margens do Rio Juruá.
"Tenho uma nova, mas não abro mão desta. Aqui é muito molhado, tem muita lama, então procuro usar esta para poupar a nova, que é melhor de andar. Mas, com essa aqui ando bem, ando por toda a cidade. É mais leve", destaca.
De acordo com ele, o material usado para fazer a prótese é aguano, uma espécie de madeira da região. "Foi um amigo que fez pra mim. Quando o pé fica ruim, vou a um carpinteiro, e ele faz outro pé”, finaliza.
Prótese é feita com madeira e adaptada para a área onde o ex-seringueiro mora, às margens do Rio Juruá (Foto: Adelcimar Carvalho/G1)Prótese é feita com madeira e adaptada para a área onde o ex-seringueiro mora, às margens do Rio Juruá (Foto: Adelcimar Carvalho/G1)
Adelcimar CarvalhoDo G1 AC

Após aumento de verba, deputados da BA podem 'custar' até R$ 155 mil Além do salário de R$ 25 mil, parlamentares têm R$ 130 mil disponíveis. Aumento da verba de gabinete dos deputados foi aprovada na terça-feira.

Assembleia Legislativa da Bahia (Foto: Reprodução/TV Bahia)Assembleia Legislativa da Bahia
(Foto: Reprodução/TV Bahia)
Após o aumento de 18% na verba de gabinete dos deputados estaduais da Bahia, cada parlamentar pode "custar" até R$ 155 mil aos cofres públicos.
O reajuste de R$ 78 mil para R$ 92 mil por mês foi aprovado durante sessão realizada na terça-feira (31), na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), com 54 votos a favor e 1 contra. O aumento entrou em vigor nesta quarta-feira (1º).
A verba é destinada para custear despesas com os salários dos assessores parlamentares. Cada deputado pode contratar no mínimo dez e no máximo 30 funcionários por gabinete. Além dos R$ 92 mil, o parlamentar também pode gastar até R$ 38 mil com a verba indenizatória, que se refere a despesas com material de escritório, contratação de consultoria, locação de imóveis e de veículos.
Os valores da verba de gabinete e indenizatória, somados ao salário de R$ 25.322,25 - que passou a vigorar em fevereiro deste ano depois aumento de mais de R$ 5 mil, aprovado em dezembro de 2014 - totaliza aproximadamente R$ 155 mil por cada deputado. O parlamentar da ALBA também tem direito a utilizar o valor referente a mil litros de combustível por mês que, em média, equivale a cerca de R$ 3,5 mil.
Em entrevista ao G1 nesta quarta-feira, o presidente da ALBA, deputado Marcelo Nilo (PDT), alegou que os assessores de cada gabinete não têm reajuste há quatro anos e ficaria defasado em relação ao valor destinado aos parlamentares de Brasília.
"Essa verba é para os funcionários comissionados da assembleia e agora equiparou ao valor de Brasília. Eles já têm quatro anos sem aumento", disse Marcelo Nilo. A AL-BA é composta por 63 deputados. Apenas um deles, entre os 54 que estiveram presente na sessão que aprovou o aumento da verba de gabinete, se posicionou contra o aumento.
A deputada Luiza Maia (PT) votou contra o acréscimo de R$ 14 mil à verba de gabinete. Ela afirma que, com a estrutura que a ALBA possui, não há necessidade de aumento. Maia ainda defende que o reajuste é uma afronta ao trabalhador comum. "O debate é que o país está numa situação complicada e é demissão para todo lado e vamos aumentar a verba do deputado? Nós não temos necessidade disso. Achei inadequado, imoral, desrespeitoso para quem está vivendo uma crise. Nós não temos necessidade disso", alega.
Despesas e crise
O orçamento previsto da ALBA para 2015 é de R$ 440 milhões. Para custear o aumento, que vai gerar uma despesa anual de aproximadamente R$ 11 milhões à Casa, o presidente Marcelo Nilo chegou a solicitar suplementação orçamentária ao governador Rui Costa. Durante a posse do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), realizada na última segunda-feira (30), o governador disse que não comenta sobre execução de orçamento dos outros poderes. Porém, garantiu que não irá haver suplementação orçamentária por causa da baixa arrecadação do estado no primeiro trimestre de 2015.
"Não há o que se falar de suplementação orçamentária, uma vez que nem o atual orçamento o Executivo está conseguindo arrecadar. Eu vou inclusive chamar em uma reunião o presidente de todos os poderes. Estive conversando com o presidente do Tribunal de Justiça, vou chamar uma reunião junto com o Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado, o Tribunal de Contas do Município, a Assembleia, Defensoria, para colocar o quadro, que é um quadro preocupante, um quadro grave de arrecadação", afirma Rui Costa.
A crise na arrecadação no estado não impediu que o reajuste fosse aprovado na Assembleia Legislativa e, mesmo sem a suplementação orçamentária, o aumento de R$ 14 mil na verba de gabinete para cada deputado está garantido. Para isso, o deputado Marcelo Nilo informou que "vai cortar na carne" para pagar o reajuste. "Nós acabamos com a verba para bolsa de estudos. Vamos reduzir também as diárias de viagens. Com o tempo, vou vendo que medida tomar para reduzir mais gastos", conclui Marcelo Nilo.
G1 entrou em contato com 18 deputados, ao menos um de cada partido que compõe o quadro da assembleia, para repercutir o reajuste. Além de Marcelo Nilo e Luiza Maia, apenas um parlamentar se posicionou a respeito da aprovação do aumento na verba de gabinete. Por meio da assessoria parlamentar, José de Arimateia (PRB) informou que votou apenas o que já estava estabelecido pela lei. Confira abaixo a relação de deputados com quem o G1 manteve contato.
Nelson Leal (PSL) - A assessoria do parlamentar informou que o deputado não poderia falar sobre o assunto por estar em viagem;
Jurandy Oliveira (PRP) - A assessoria do parlamentar informou que após uma reunião, Jurandy Oliveira iria viajar e não poderia atender o G1.
Fábio Souto (DEM) - A assessoria do deputado informou que o mesmo esteve em Salvador pela manhã, mas precisou viajar e ficou inviável conceder entrevista.
Marcelino Galo (PT) - Após falar com a assessoria do deputado, o G1 tentou contato direto com o parlamentar, mas nenhuma ligação foi atendida.
David Rios (PROS) - Após falar com a assessoria do deputado, o G1 tentou contato direto com o parlamentar, mas nenhuma ligação foi atendida.
Luiz Augusto Moraes (PP) - Após diversas tentativas, a assessoria do deputado informou que ele está em viagem e não poderia falar sobre o assunto.
Alan de Castro (PTN) - A secretária do gabinete do deputado informou que não conseguiu localizá-lo.
Pastor Sargento Isidório (PSC) - Após diversas tentativas, a assessoria informou que o parlamentar não tinha disponibilidade para falar com o G1.
Marcell Moraes (PV) - O deputado não esteve no gabinete até a publicação desta reportagem e a assessoria não informou outro telefone para que o G1 entrasse em contato.
Fabíola Mansur (PSB) - A assessoria informou que a deputada esteve em reunião durante todo o dia e não teve disponibilidade para falar com o G1.
Alan Sanches (PSD) - A secretária do gabinete não conseguiu contato com o deputado e não informou outro telefone para contato direto com o mesmo.
Soldado Marco Prisco (PSDB) - Após diversas tentativas e contato com o deputado, a assessoria do parlamentar não retornou contato com o G1.
Bobô (PC do B) - Segundo a assessoria, o deputado passou o dia em reunião e não se posicionou sobre o assunto.
Leur Lomanto Junior (PMBD) - O G1 tentou contato com a assessoria de comunicação do parlamentar, mas as ligações não foram atendidas.
Danutta RodriguesDo G1 BA

Avaliação negativa do governo Dilma é de 44%, diz Datafolha Instituto ouviu 4 mil eleitores em 188 municípios, entre os dias 3 e 5 deste mês. Entre os ouvidos, 23% avaliaram o governo da petista como 'ótimo' ou 'bom'.

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Dilma discursa no aniversário de 35 anos do PT, em Minas (Foto: Reprodução / Site PT)
O governo da presidente Dilma Rousseff é avaliado negativamente por 44% dos entrevistados, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (7). O índice de eleitores que avaliaram o governo da petista como "ótimo" ou "bom" é de 23%.
A última pesquisa divulgada pelo instituto, em 3 de dezembro de 2014, apontava que Dilma tinha avaliação positiva de 42% dos entrevistados. Outros 24% disseram no ano passado que o governo da presidente era "ruim" ou "péssimo".
O resultado da pesquisa de avaliação do governo de Dilma feita neste mês é:
- Ótimo/bom: 23%
- Regular: 33%
- Ruim/péssimo: 44%
- Não sabe/não respondeu: 1%

Para 46% dos eleitores ouvidos pelo instituto, Dilma mentiu durante a campanha eleitoral do ano passado. Outros 14% acreditam que a então candidata falou apenas mentiras durante o processo.
A pesquisa Datafolha mostra ainda que 47% dos brasileiros consideram a presidente desonesta, 54% a consideram falsa e 50%, indecisa.
Outro dado levantado pela pesquisa indica que 26% dos eleitores disseram acreditar que a situação econômica do próprio entrevistado iria piorar neste ano. Outros 38% disseram que a situação deve permanecer da mesma forma como está.
Corrupção na Petrobras
Ainda segundo o Datafolha, apenas 14% dos eleitores acreditam que Dilma não sabia do esquema de corrupção na Petrobras. Outros 77% dos entrevistados acreditam que a presidente Dilma sabia do esquema. Destes, 52% disseram que ela sabia dos desvios na estatal e deixou que o esquema continuasse. Para 25% dos que disseram que a petista sabia dos desvios, mesmo sabendo, a presidente nada pôde fazer.
De acordo com a pesquisa, 21% dos entrevistados apontaram a corrupção como o maior problema do país. O tema só ficou atrás da saúde, que contabilizou 26%.
O Datafolha fez a pesquisa entre terça-feira (3) e quinta-feira (5). O instituto ouviu 4 mil eleitores em 188 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Do G1, em Brasília

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Poeta afirma ter sido vítima de racismo em Bompreço do Campo Grande; ‘Já é cotidiano’

por Alexandre Galvão
Poeta afirma ter sido vítima de racismo em Bompreço do Campo Grande; ‘Já é cotidiano’
Foto: Reprodução/ Facebook/ Leo Costa
Um homem acusa a rede supermercados Bompreço de praticar racismo contra ele. Em postagem no Facebook, Pareta Calderasch afirma ter sofrido "tratamento constrangedor" e "já cotidiano" na unidade do Campo Grande da rede. "Hoje, dia 30 de março de 2015 foi a última vez que o fato ocorreu comigo, levando-me a uma situação de estresse, na qual tive que chamar o chefe da segurança para relatar a coação por parte de um dos seguranças da loja, o mesmo comunicou-se usando uma frase que ao meu ver apenas mascara situações de racismo, a frase era 'não é coincidência, não?'", afirmou o poeta. Contatado pelo Bahia Notícias, ele disse que foi seguido pelo segurança por toda a loja. "Eu mudava de corredor e ele ia atrás. Era uma coisa muito direta, ele ficava na ponta do corredor olhando pra minha cara", relatou. Incomodado com o tratamento, Pareta diz ter chamado o supervisor do mercado que, ao conversar com ele, sugeriu que a perseguição foi "coincidência". "Sempre existe uma tentativa de transformar o fato em vitimismo ou coincidência, mas a continuidade e o número de relatos mostram que é uma metodologia dos seguranças a suspeita pela cor da pele ou pelo estilo de cabelo usado pela pessoa", desabafou. Nos comentários da publicação de Pareta, outras pessoas relatam casos na mesma loja. "Passei por isso lá durante quase sete meses e comentei até com pessoas que já foram lá comigo na época. Bastava entrar que um ficava na cola. F*** passar por isso", relatou Tauan Caique dos Santos.


CARTA ABERTA CONTRA ATOS DE RACISMO PRATICADOS NA REDE BOMPREÇO DE SUPERMERCADOS.
Prezados Senhores,
Venho por meio desta carta expressar publicamente o tratamento constrangedor que venho recebendo nas lojas Bompreço há mais de um ano, especialmente referente a loja situada no bairro do Campo Grande(Salvador), que é a loja mais próxima da minha casa, embora já tenha ocorrido casos em outras lojas, como o Bompreço do Rio Vermelho, no período que eu morava próximo a ele, e em Nazaré.
O fato que eu relato, o qual acontece comigo e constantemente vejo relatos semelhantes de vários amigos que possuem em comum comigo apenas a cor da pele, refere-se ao tratamento dado pela segurança quando vamos fazer compras nas lojas Bompreço.
Hoje, dia 30 de março de 2015 foi a última vez que o fato ocorreu comigo, levando-me a uma situação de estresse, na qual tive que chamar o chefe da segurança para relatar a coação por parte de um dos seguranças da loja, o mesmo comunicou-se usando uma frase que ao meu ver apenas mascara situações de racismo, a frase era “não é coincidência, não?” e depois me dizia “pode continuar fazendo suas compras”.
Gostaria de deixar claro, que vivo na cidade mais negra do mundo fora da África e por ser uma rede que atua no Nordeste e ter lojas também em bairros populares o Bompreço tem nos seus clientes a maioria de pessoas negras, ou seja, as mesmas pessoas que recebem esse tipo de coação por parte do segurança. Existem fugas na legislação penal para esses atos, pois a forma com que é feita não deixa provas palpáveis, apenas o mal-estar e a sensação de que situações como essas nunca serão solucionadas em nossa sociedade, como um câncer embutido sem remédio que possa curar.
Sempre existe uma tentativa de transformar o fato em vitimismo ou coincidência, mas a continuidade e o número de relatos mostram que é uma metodologia dos seguranças a suspeita pela cor da pele ou pelo estilo de cabelo usado pela pessoa (black power, dread lock e outros estilos afro), além do uso desse pensamento, a reação cínica de muitos quando questionados é ainda pior que o ato de racismo propriamente dito.
Gostaria de saber dos senhores se existem medidas na loja para inibir esse tipo de comportamento por parte dos que são responsáveis pela segurança garantindo o bem estar de seus clientes, pois se há, a realidade mostra que não estão sendo eficientes.
Essa denúncia espera uma resposta da rede que diz ter “Orgulho de ser Nordestino”, pois esse orgulho não está sendo refletido na forma que os nordestino estão sendo tratados, ou esse orgulho é seletivo pela cor da pele? Se o for, existem regiões mais esbranquiçadas no Brasil onde caberia esse orgulho.
Finalmente, venho colocar que a comunidade negra não quer ser apenas peça mercadológica nas propagandas do mercado para atrair clientes e simular uma falsa familiaridade com os moradores da região Nordeste. Mas exigimos ser tratados como cidadãos dignos, o que já somos, com todo o respeito que merecemos, sem separatismo pela cor da pele ou classe social, mas com respeito ao nosso livre direito de gozar o estado de cidadão de bem, acima de qualquer suspeita, ao frequentarmos as lojas do Bompreço.
Pareta Calderasch
Poeta, membro do Coletivo de Entidades Negras.
Assina:
Luiz Paulo Bastos
Coordenador Nacional do Coletivo de Entidades Negras
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Funcionário da OIT manteve empregada em regime de escravidão

Funcionário da OIT manteve empregada em regime de escravidão
Foto: AFP
Um funcionário de alto escalão da Organização Internacional do trabalho (OIT) baseado em Bangcoc e sua esposa estão sendo investigados depois que uma empregada etíope os acusou de escravidão e abusos físicos, anunciou nesta quarta-feira a polícia tailandesa. De acordo com a Isto É, a jovem, de 25 anos, apresentou uma denúncia contra seus empregadores acusando-os de espancá-la e obrigá-la a trabalhar durante dois anos sem receber salário em sua residência em uma luxuosa colônia de expatriados em Nonthaburi, uma cidade satélite da capital tailandesa, segundo a polícia. O funcionário internacional e sua mulher "foram acusados de tráfico de seres humanos, de enganar (sua funcionária) para que trabalhasse sem receber pagamento e de abusos", declarou à AFP o coronel Mana Tienmaugpak, responsável pelas investigações da delegacia de Pakkred, em Nonthaburi. O advogado da empregada doméstica, Surapong Kongchantuk, do Conselho de Advogados da Tailândia, confirmou que sua cliente havia trabalhado para "um representante de alto escalão da OIT" de julho de 2013 ao início de março deste ano. "Não recebeu salário. Trabalhava das cinco da manhã à meia-noite todos os dias. Dormia em um quarto pequeno fora da casa com um cachorro. Só comia arroz e não podia se relacionar com outras pessoas", explicou o advogado à AFP. Seus empregadores haviam prometido a ela salários mensais de 3.000 baht (92 dólares) que nunca foram pagos. A funcionária conseguiu fugir ao ser resgatada na rua depois de tentar se suicidar e foi ajudada por uma ONG local, explicou Surapong. Uma porta-voz da OIT em Bangcoc confirmou que a organização conhecia as acusações e que elas estavam sendo investigadas.

ANIVERSARIANTES DO DIA 02 DE ABRIL DE 2015

SAARA  SANTOS

TAILANE  LIMA

ADRIANA  SSA

ALICE  CARNEIRO

EDJAIME 

MEL  QUEIROZ

BRUNO TAMBUK

VANESSA ANDRADE

PARABÉNS DO BLOG DO BAMBOLÊ


Vice da Bahia some após dizer que está 'cagando e andando' para a Lava Jato


JOÃO PEDRO PITOMBO, DE SALVADOR
Em visita à Bahia na largada para o segundo turno das eleições presidenciais, a presidente Dilma Rousseff (PT) disparou: “Quero saudar o novo vice-governador João Leão, o bonitão”. Aplausos e gargalhadas da militância presente no ato.
Cinco meses depois, o vice-governador da Bahia João Leão (PP) –conhecido pela irreverência e por chamar todo interlocutor de bonitão ou bonitona– saiu do centro das atenções do governo.
Desde que foi citado como investigado na operação Lava Jato da Polícia Federal e reagiu afirmando à Folha que estava “cagando e andando” para as denúncias, Leão não participou de nenhum ato público de governo ao lado do governador Rui Costa (PT).
Nas últimas três semanas, o vice baiano participou de 20 audiências internas e de apenas duas agendas externas, ambas sem Rui Costa: fez uma palestra numa universidade e visitou um antigo reduto eleitoral.
O vice João Leão na lavagem do Bonfim - Mateus Pereira-GOVBA/Divulgação
O vice João Leão na lavagem do Bonfim – Mateus Pereira-GOVBA/Divulgação
O “sumiço” contrasta com a até então atuação ativa do vice, que também é secretário de Planejamento da Bahia. Até a divulgação da lista, ele participou de 18 eventos públicos do governo, incluindo inaugurações em pelo menos sete cidades do interior.
Ex-deputado federal por cinco mandatos, ele também vinha atuando como articulador político do governo em Brasília –função que deixou de exercer.
RUGINDO NOS BASTIDORES
A atual discrição do vice-governador, contudo, não significou a redução do seu poder de influência junto ao governo baiano.
Na última semana, mediu forças com outro secretário ao querer trocar toda a diretoria da autarquia responsável pelos distritos industriais da Bahia, substituindo nomes técnicos por apadrinhados políticos.
Empresários baianos criticaram a troca, já que um dos diretores é responsável por gerir ativos de R$ 2 bilhões em terrenos voltados para a instalação de indústrias.
O vice-governador também foi criticado por nomeações de afilhados políticos na SEI –órgão técnico responsável por estudos econômicos e sociais do Estado. Em privado, servidores afirmam que a autarquia tornou-se um “cabide de empregos”.
Oriundo do grupo político do senador Antônio Carlos Magalhães, Leão é conhecido pela forte base política no interior do Estado e pelo jeito bem-humorado e bonachão.
Aliou-se ao PT em 2009, quando assumiu a secretaria de Infraestrutura do governo Jaques Wagner e prometeu implantar o programa “Buraco Zero”, recapeando todas as estradas que cortam o estado.
Em 2011, assumiu a chefia da Casa Civil do então prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro, hoje sem partido. Prometeu trazer o “aeromóvel” para capital baiana e implantar o programa “Gato Zero”, de enfrentamento a ligações clandestinas de energia.
Na campanha de 2014, disse que levaria uma linha de metrô para uma cidade do sertão de 80 mil habitantes. Depois de eleito, afirmou ter rejeitado a proposta para ser ministro de Dilma porque sua mulher “não deixou”.
Na Secretaria de Planejamento, duas semanas depois de ser listado entre os investigados, decidiu adiar para o final deste ano a licitação da construção da ponte Salvador-Itaparica, orçado em R$ 7 bilhões.
OUTRO LADO
Procurado pela reportagem para falar sobre adiamento do projeto da ponte, Leão não quis dar entrevistas.
O “sumiço” do vice-governador de eventos oficiais é contemporizado pelos governistas. “Ele está desempenhando suas funções e tem nosso apoio”, disse o secretário de relações institucionais do governo, Josias Gomes.
Em nota, a secretaria de Planejamento justificou o adiamento do projeto –que já consumiu R$ 90 milhões dos cofres estaduais– alegando que a “conjuntura econômica e política do país tem exigido um ajuste nos investimentos públicos”.
Sobre a frase polêmica, ele mesmo pediu desculpas. Seu chefe, por sua vez, o defendeu, mas afirmou que a frase foi inadequada.

POR BRASIL
FOLHA DE S. PAULO

Possível cura da cárie é descoberta por cientista angolano


Foto cientista angolano
Imagens: TV FM KAMBA/Club Kwanza Sul
O cientista angolano Mabiala Damasco venceu o Globo de Prata no Concurso que Invenções, em Nuremberg, na Alemanha, por ter descoberto, em território angolano, planta que cura a cárie dentária. Segundo o pesquisador, é possível tratar a cárie com poucos recursos e em pouco tempo utilizando uma erva natural. A Associação Europeia de Inventores, por reconhecer que a doença é um problema que afeta milhões de pessoas, se interessou pelo estudo e vai desenvolver, na Suíça, em 2016, o produto para tratar as lesões dentárias. No próximo ano, serão levantados a viabilidade do projeto e o poder curativo da semente. “É um projeto que não é somente a Angola que vai se beneficiar, mas, também, o mundo”, informou o cientista em entrevista à tevê angolana.
De acordo com dados da Federação Internacional Dentária (FID), 90% da população mundial terá cárie ao longo da sua vida. No Brasil, conforme a Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, a cárie dentária continua sendo o principal problema de saúde bucal dos brasileiros. O tratamento para a doença não chega a todos os lugares da mesma maneira. Segundo a presidente da FID, Tin Chung Wong, o número de cirurgiões que cuidam da lesão não é suficiente nas regiões mais pobres.
Pesquisas feitas por africanos
No ano passado, o professor Andre Bationo, do Burkina Faso, por desenvolver estudos sobre a terra e fertilidade dos solos, e o químico nigeriano Kayod Oyebode Adebowale, pesquisador da área de alimentação industrial e química, ganharam o Kwame Nkrumah, prêmio criado em 2008 pela Comissão da União Africana com o objetivo de homenagear cientistas africanos.
Em 2012, cientistas sul-africanos da Universidade da Cidade do Cabo, África do Sul, desenvolveram remédio para combater o Plasmodium, protozoário causador da malária, doença que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU-2010), atinge 216 milhões de pessoas em todo o mundo. O remédio MB 390048, que foi testado em animais, promete exterminar, com uma única dose, a enfermidade.
Invenções utilizadas na área da saúde também foram pensadas por africanos, como a Tomografia Computadorizada, que foi criada pelo sul-africano Alan McLeod Cormack juntamente com o engenheiro eletrônico Godfrey N. Hounsfield.
Da redação do Correio Nagô

Estudante denuncia agressão sofrida por usar adereço religioso

O estudante Heráclito dos Santos Barbosa, 20 anos, denunciou, em carta pública, um caso de violência religiosa sofrido no dia 17 de março de 2015, no Fórum Odilon, na cidade de Santo Amaro, Recôncavo da Bahia. Ele relata que foi expulso do local pelo fato de estar usando um ‘eketê’, adereço utilizado na cabeça por seguidores das religiões de matriz africana.
“Vi que existia um aviso em uma placa informando que é proibida a entrada portando blusa, camiseta, saia, short e boné. Então, falei com o porteiro que eu não poderia tirar meu gorro religioso, pois não se tratava de um boné, mas de um paramento masculino que, segundo nossa cosmovisão religiosa, protege o camutuê/orì/cabeça, enquanto espaço de morada dos nossos ancestrais divinos”, explica o estudante, cujo nome religioso é Tata Luangomina. Ele cursa o Bacharelado em Humanidades na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), em São Francisco do Conde-BA.
“Eu disse ao porteiro que eu poderia mostrar o gorro a ele e que não havia nenhuma arma – legal ou ilegal – comigo, muito menos drogas ou câmeras e frisei que era um componente de minha roupa tradicional”.
Mesmo com toda argumentação, o religioso afirma que foi retirado à força, por um sujeito que teria se aproximado, trazendo ordens da juíza para que ele retirasse o “boné” ou deveria se retirar do local. “Nesse instante, pedi para falar com a juíza que havia emitido tal ordem para saber dela o porquê de eu não poder ficar no Fórum usando meu eketê, e para explicar a ela o significado do uso do gorro na minha religião. O senhor que trouxe o recado da juíza foi firme, arrogante e grosseiro nas palavras deles: ‘Você vai sair é agora!’. Neste momento, ele puxou meu gorro da minha cabeça, sem meu consentimento, me pegou pelos braços e pelo pescoço, e saiu me arrastando”, detalha.
Corregedoria – A carta segue ainda revelando uma série de agressões físicas e morais, inclusive os constrangimentos sofridos na tentativa de prestar queixa na delegacia da cidade. Heráclito informou ao Correio Nagô que, nesta terça-feira, 31, esteve na Corregedoria do Tribunal de Justiça da Bahia para prestar queixa e foi ouvido por um juiz responsável pelas comarcas do interior que o recomendou a oficializar a denúncia por meio de carta eletrônica (email) enviado à Corregedoria. “Espero que este ato não fique impune, seja reparado. Não é uma luta de agora. Tenho consciência de que este ato de atrocidade que sofri é parte de uma tentativa histórica de destruir a nossa religião”, destaca.
Ele também procurou ajuda no Centro de Referência Nelson Mandela, da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial da Bahia e recebeu instruções de como denunciar o caso. “Segundo o Estatuto da Igualdade Racial da Bahia, essa situação por mim vivida provocou ‘danos morais, materiais ou imateriais, e atenta contra os símbolos e valores das religiões afro-brasileiras, ou seja, capaz de fomentar ódio religioso ou menosprezo às religiões e seus adeptos”. Realmente fui agredido física e verbalmente”.
Educação – jovem afirma que sempre foi aceito em órgãos públicos, a exemplo do Fórum de Valença, cidade do Baixo Sul onde nasceu e onde está localizado o Terreiro Caxuté, liderado pela mãe de Heráclito, a sacerdotisa Mãe Bárbara. Na comunidade religiosa foi implantado, em 2005, a primeira Escola de Religião e Cultura de Matriz Africana do Baixo Sul Da Bahia – Escola Caxuté. “É um espaço de educação não formal, onde as aulas são conversas sobre as nossas tradições culturais e religiosas feitas em rodas embaixo de árvores, na beira do rio, na estrada”, destaca.
Além de ser Tata Kinsaba (pai responsável por cuidar das folhas sagradas), ele recebeu de sua comunidade religiosa o título de Kutala, referente à sua possível herança como líder do terreiro. “Esse ato de segregação não ocorreu apenas para comigo, mas para com todos os seguidores do candomblé. Estou em terra de negros que lutam por uma religiosidade afirmativa longe da violência e da discriminação”, finaliza.
Da redação do Correio Nagô

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