segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

IBGE aponta que cidades brasileiras possuem mais lan houses que teatros e museus

IBGE aponta que cidades brasileiras possuem mais lan houses que teatros e museus
Foto: Reprodução/ Regente News
Dados de uma nova pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística sobre a distribuição de equipamentos culturais e de comunicação relacionados ao Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios apontou que as lan houses são o equipamento distribuído com mais equilíbrio pelo país. Atrás apenas da TV aberta - presente em mais de 90% das cidades -, as lan houses são encontradas em cidades ricas e pobres quase na mesma proporção. Enquanto as lan houses estão presentes em 82% das cidades do país, os museus estão em 27% e os teatros em 23% delas. Em Roraima, por exemplo, só existe teatro na cidade de Bonfim, a 125 km da capital do estado, Boa Vista. A maioria das cidades que possuem equipamentos, como shoppings, galerias de arte e cinemas, apresentam IDH alto ou muito alto.

Quase 80% do Nordeste sob ameaça de zika teve alerta de Aedes

por Estadão Conteúdo | Fabiana Cambricoli
Quase 80% do Nordeste sob ameaça de zika teve alerta de Aedes
Foto: Gabriel Jabur/ Agência Brasília
Quase 80% dos municípios do Nordeste com casos notificados de microcefalia associados ao zika vírus já estavam em situação de alerta ou risco pela infestação do mosquito Aedes aegypti em janeiro e fevereiro, dois meses antes do pico de incidência das doenças transmitidas pelo inseto. Com base em dados do Ministério da Saúde e das Secretarias de Saúde dos nove Estados nordestinos, que concentram 90% dos casos da má-formação, o jornal O Estado de S.Paulo analisou quantas dessas cidades já apresentavam, no início do ano, índices preocupantes de presença de larvas nos imóveis. A taxa é medida por meio do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), feito por agentes municipais e que tem como objetivo alertar as prefeituras para intensificar as ações de prevenção contra epidemia. De acordo com os critérios do ministério, se menos de 1% dos imóveis visitados no município tiver larvas, a situação é satisfatória. Se ultrapassar, a cidade é colocada em estado de alerta. Quando a taxa fica acima dos 4%, a situação é de risco para surto. O levantamento da reportagem mostra que, das 445 cidades nordestinas com casos de microcefalia, 316 fizeram o LIRAa no início do ano. Dessas, 248, ou 78,4%, estavam em situação de alerta ou de risco. Embora naquela época não houvesse relato da circulação do zika vírus em território brasileiro, o combate aos criadouros do mosquito serviria como prevenção. Para Edimilson Migowski, professor de infectologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as prefeituras deveriam ter se baseado nos resultados do LIRAa para planejar ações mais efetivas de combate ao mosquito. "É um instrumento prático e bastante sensível porque mostra a realidade dos imóveis. Se ele fosse melhor usado, minimizaria sofrimento e mortes", diz ele. Diretor de relações institucionais do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e titular da pasta do Recife, Jailson Correia afirma que a maior dificuldade das cidades é a limitação orçamentária para ações extras de prevenção. "Os municípios já usam, em média, 22% do orçamento em ações de saúde, muito além do previsto na Constituição, que é 15%. É lógico que, numa situação de risco aumentado, precisaríamos de fontes de financiamento para adotarmos medidas além da rotina." Os governos estaduais dizem que repassam insumos, recursos e orientações para as prefeituras, mas apontam a seca e o consequente armazenamento de água sem proteção como um dos grandes entraves. "Na Paraíba, 198 dos 223 municípios entraram em situação de emergência por causa da seca neste ano. O abastecimento é feito por carros-pipa e as pessoas têm de guardar a água em algum lugar. Geralmente, o recipiente fica desprotegido, se tornando um potencial criadouro", diz Geraldo Moreira de Menezes, gerente operacional da vigilância ambiental da Secretaria da Saúde da Paraíba.

Rebaixado por agências de risco, Brasil está desde julho sem crédito no exterior

por Estadão Conteúdo | Luiz Guilherme Gerbelli
Rebaixado por agências de risco, Brasil está desde julho sem crédito no exterior
Foto: Marcos Santos/ USP Imagens
Os efeitos da perda do selo de bom pagador pelo Brasil por duas agências de classificação de risco devem se prolongar ao longo dos anos. Agora rebaixado para a categoria de grau especulativo, o País vê como mais difícil uma recuperação da credibilidade no mercado internacional. A sequência da perda do grau de investimento pelas agências Standard and Poors e Fitch afeta a economia em várias frentes. A decisão traz uma piora nas expectativas com o aumento do risco de a terceira agência, a Moodys, também tirar o selo de bom pagador do Brasil; o fluxo dos investimentos no País tende a diminuir; e a vida das empresas vai ficar mais difícil. "O crescimento brasileiro já seria mais baixo, mas o rebaixamento do País é mais uma restrição para a economia sair do buraco", afirma José Roberto Mendonça de Barros, sócio da consultoria MB Associados. O rebaixamento da nota brasileira promovido pelas agências de risco reforçou o mau humor da economia mundial com o País. Desde julho, as empresas brasileiras e instituições financeiras não fizeram nenhuma emissão no exterior. Os dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que as captações no exterior somaram apenas US$ 8,059 bilhões entre janeiro e novembro. No mesmo período do ano passado, foram US$ 45,485 bilhões.

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