sábado, 12 de agosto de 2017

"Mãe, cadê meu pai?", no dia dos pais jovens lidam com o ausência paterna.


Amanhã (13/08), domingo, será comemorado o dia dos pais, infelizmente algumas famílias, crianças, adolescentes e etc, não tem muito a comemorar, o índice de abandono parteno é muito alto em nosso país e está situação acarreta em outros problemas.

Considerado um "aborto verbal", a paternidade renegada em palavras e em ações da origem a uma geração de "filhos da mãe", que se torna mais exposta a violência e ao crime em função da desestrutura familiar. O Brasil tem 67 milhões de mães, segundo pesquisa do Instituto Data Popular. Dessas, 31% são solteiras e 46% trabalham. Com idade média de 47 anos, 55% das mães pertencem à classe média, 25% à classe alta e 20% são de classe baixa. Pouco mais de um terço dos filhos adultos (36%) ajudam financeiramente as progenitoras. O papel do pai para muitas delas ainda se estende a questão financeira, acha que é principalmente papel do homem trazer dinheiro para dentro de casa (55%) e que as tarefas domésticas são dever da mulher (60%). Entre as mais novas, 43% acreditam no papel do homem provedor e 48% veem a mulher como responsável pelo lar. Mas será que o papel do pai se estende apenas neste campo? 

As crianças que não convivem com o pai acabam tendo problemas de identificação sexual, dificuldades de reconhecer limites e de aprender regras de convivência social. Isso mostraria a dificuldade de internalização de um pai simbólico, capaz de representar a instância moral do indivíduo, tal falta pode se manifestar de diversas maneiras, entre elas uma maior propensão para desenvolvimento da delinqüência. A participação ativa do pai na criação fortalece o filho para a vida individual e social, além de promover segurança, autoestima, independência e estabilidade emocional. Segundo artigo de 2010, da Associação Americana de Psicologia, as memórias de uma relação calorosa com o pai durante a infância estão diretamente relacionadas com a capacidade para enfrentar o estresse do dia a dia. Como mostra essa investigação, o pai desempenha um papel fundamental na saúde mental dos seus filhos, e isso é visível na idade adulta. Os homens que relataram ter mantido uma boa relação com o pai durante a infância tendem a ser menos impulsivos na forma como reagem aos eventos estressantes do dia a dia do que aqueles que relataram relações mais pobres. 

É ausente todo pai que pouco ou nada contribui para a criação e educação dos filhos, que não participa dos momentos importantes, morando junto ou separado da família. Justificavelmente, devemos render aplausos a mães que fazem a dupla função de ser "pai e mãe", que tentam fechar a lacuna deixada pela ausência paterna. Para alguns, os dias do pais só não se torna doloroso pois tem o mãe que atua como "pai e mãe" ou tem uma figura masculina (que não é necessariamente do vínculo familiar) como pai. Amanhã uns comemoram e outros não, mas o fato é que em nossa cultura não preparamos nossos jovens para seres pais, enquanto este cenário não muda, teremos muitas crianças/jovens fazendo a seguinte pergunta: "Mãe, cadê meu pai?"


Redator: Yuri Teixeira
Foto: Internet

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