Crianças começam a deixar Assembleia ocupada por PMs (Foto: Vaner Casaes/Agência A Tarde/AE )
Quatro crianças deixaram, na noite desta segunda-feira (6), o prédio da Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador, órgão público ocupado por policiais militares grevistas e onde já houve confronto com tropas especiais enviadas para reforçar a segurança na cidade. De acordo com o tenente-coronel Cunha, chefe de comunicação do Exército, o grupo de crianças, acompanhado por adultos, saiu espontaneamente por volta das 21h. Eles foram submetidos a exames médicos, alimentados e deixaram o local em carro particular.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) já havia se posicionado sobre a presença de crianças eentrou com pedido de medida cautelar para que elas fossem retiradas do local. Durante a cobertura da greve, o G1 constatou a presença de crianças entre familiares de policiais militares que ocupam a sede da Assembleia para a mobilização da categoria, que começou na terça-feira (31).
Segundo Mônica Barroso, promotora do MP-BA, o pedido de medida cautelar foi feito na noite de domingo (5) pela promotora Ediene Lousado e deferido pelo juiz plantonista na manhã desta segunda-feira (6). “O Ministério Público entende que as crianças que estão na Assembleia estão em situação de risco e podem sofrer danos à integridade física e psicológica”, afirma a promotora. Ela acrescenta que o órgão aguarda o cumprimento da decisão através das autoridades policiais.
O governo do estado divulgou através de nota que o subcoordenador do Centro de Defesa da Criança e Adolescente (Cedeca), Waldemar Oliveira, esteve na Assembleia no início da noite desta segunda-feira e constatou a existência de condições impróprias para a presença de crianças e adolescentes. A nota informa ainda que dois conselheiros tutelares apresentaram aos manifestantes a decisão concedida pelo juiz.
“Eu perguntei quantas crianças e adolescentes estão aqui e me disseram que este número gira em torno de 150. Foi dado conhecimento ao comando da greve sobre esta liminar, e a expectativa é que se cumpra. Caso haja o descumprimento desta ordem judicial, com certeza alguém vai ter que responder”, afirmou Oliveira através da nota.
FONTE - G1