Vítima diz que policiais foram responsáveis pelos tiros que o atingiram.
“Ele teria sido atingido por elementos em fuga”, diz versão da polícia.
“Ele teria sido atingido por elementos em fuga”, diz versão da polícia.
Um estudante de educação física foi baleado na noite da sexta-feira (13) no condomínio onde mora sua avó, localizado no bairro da Barra, em Salvador. De acordo com moradores do prédio onde a avó do jovem mora, a polícia chegou a entrar armada com uma metralhadora no edifício.
O clima é de muita tristeza para a vó da vítima. “Michel é uma pessoa do bem, de família. Existe pessoas do bem e existem pessoas do mal, então o policial tem que respeitar o cidadão e nós temos o direito de ir e vir. A polícia está para nos dar segurança e proteção e não para fazer o que fez”, diz o avô da vítima, Osmar Pita.
Passava das 18h15 quando o jovem saía da missa, passando pela rua Lemos de Brito e caminha em direção ao prédio da avó. Enquanto ele tentava entrar, ele ouviu um tiroteio. Correu até o portão e assustado não conseguiu abri-lo. Assim, ele se jogou no jardim do prédio, quando foi atingido por um tiro da polícia. Segundo informações de testemunhas, o policial que deu o tiro no jovem, pegou o controle eletrônico do portão na tentativa de entrar no prédio. Nesse momento, uma moradora chegou e questionou a entrada da polícia. “O que foi meu senhor? E ele me disse que tinha um rapaz dizendo que era morador, e que a avó dele morava no prédio. Foi aí que eu fui avisar a família”, relatou a moradora Nancy Abdo.
“Quando eu desci os policiais já estavam afastados e eu perguntei se haviam baleados? Foi aí que meu sobrinho me disse que eles haviam baleado ele”, contou o tio da vítima, Osmar Pita Júnior.
No muro do jardim ficaram as marcas de sangue. O jovem foi levado para o Hospital Espanhol onde está internado. “No momento em que eu pulei para o jardim para tentar me abaixar eu ouvi os tiros. Eu coloquei a mão na minha cabeça, foi quando meu braço direito foi alvejado e eu não consegui levantar. Eu continuei no chão e a polícia continuava a me chamar de vagabundo. Eu dizia a eles que eu era estudante”, relata Michell Luis Dias Pitta.
“Quando eu desci os policiais já estavam afastados e eu perguntei se haviam baleados? Foi aí que meu sobrinho me disse que eles haviam baleado ele”, contou o tio da vítima, Osmar Pita Júnior.
No muro do jardim ficaram as marcas de sangue. O jovem foi levado para o Hospital Espanhol onde está internado. “No momento em que eu pulei para o jardim para tentar me abaixar eu ouvi os tiros. Eu coloquei a mão na minha cabeça, foi quando meu braço direito foi alvejado e eu não consegui levantar. Eu continuei no chão e a polícia continuava a me chamar de vagabundo. Eu dizia a eles que eu era estudante”, relata Michell Luis Dias Pitta.
O delegado Nilton Borba, titular da delegacia de Furtos e Roubos, contou uma versão diferente do caso. “A nossa equipe vinha descendo por ali em busca dos elementos quando perceberam uma pessoa correndo e imaginaram que essa pessoa poderia ser um desses elementos que participou do tiroteio com outra equipe. E aí foram abordar essa pessoa. Essa pessoa estava com um tiro no braço. Os elementos quando evadiram saíram atirando por todos os lados e essa pessoa, em um primeiro momento, foi confundida com um dos assaltantes. Daí foi uma abordagem mais vigorosa por parte dos policiais. Provavelmente, a informação que nós temos, é que ele teria sido atingido por um dos disparos feito pelos elementos em fuga. Se ocorreu algum excesso e se o tiro tiver partido por um policial, ele vai responder”, informou o delegado.
“Essa situação é muito difícil. A gente vê um garoto honesto, de família, não é um garoto de baderna, é um trabalhador. A gente vê ele se identificando e o policial não tendo o respeito de pelo menos, ouvi-lo”, disse a mãe da vítima, Zuleide Dias.
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