sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Torcida do Vitória protesta em aeroporto após queda de rendimento do time na Série B


'sobe por terror' (Pedro Canísio/Arquivo pessoal)
Torcedores do Vitória causaram confusão no aeroporto internacional de Salvador na manhã desta sexta-feira. Insatisfeitos com a queda de rendimento da equipe no segundo turno (terceiro colocado com 66 pontos) da Série B do Campeonato Brasileiro, cerca de 50 membros de uma torcida organizada foram ao terminal para protestar durante o embarque da delegação para São Paulo, onde o time baiano enfrenta o Bragantino neste sábado, às 16h20m, no estádio Nabi Abi Chedid.Os torcedores aguardaram a chegada do ônibus do time no aeroporto e protestaram violentamente quando os jogadores começaram a deixar o veículo. Os membros da organizada partiram para cima dos atletas, jogando pipoca sobre o elenco, aos gritos de 'mercenário'. Os torcedores ainda fizeram ameaças e chegaram a agredir alguns deles, como o zagueiro Gabriel Paulista, que recebeu um tapa nas costas. O zagueiro discutiu com os agressores e foi controlado por membros da delegação rubro-negra.
Outros jogadores se recusaram a sair do ônibus, como o volante Uelliton, principal alvo das versões dos torcedores, que cantavam gritos de guerra. Além de Ueeliton, os atacantes Marquinhos e Elton, o zagueiro Victor Ramos e o meia Willie permaneceram dentro do ônibus, após as agressões iniciais.
- Se o Vitória não ganhar, o pau vai quebrar. Ou sobe por amor ou sobe por terror! – gritavam os membros da organizada, que chamavam os atletas de mercenários e reclamavam sobre uma suposta quantia de R$ 5 mil que os jogadores estariam recebendo por triunfo do Vitória.
- Jogadores, prestem atenção! Muito respeito com a camisa do Leão! - entoavam os torcedores.
O atacante William, o volante Michel e o goleiro Deola desceram do veículo e tentaram conversar com os membros da organizada. No entanto, os atletas foram xingados pela torcida e não conseguiram levar a negociação adiante.
- A gente sabe que não está jogando bem, mas este tipo de protesto não ajuda. A gente precisa da torcida ao nosso lado. Agora vamos nos reunir e pensar, porque o clima ficou estranho – afirmou William.
- Torcedor pode protestar, mas não tem o direito de tocar em jogador algum. Eu sei bem quem me agrediu. Fiquei nervoso na hora, mas foi somente no momento. Agora é concentrar para a partida, porque quero muito vencer - opinou o zagueiro Gabriel.
Muito preocupado com os companheiros, o atacante William a todo instante tentava reunir os companheiros que já haviam desembarcado do ônibus para voltar em auxílio dos demais companheiros.
Diante da violência do protesto, uma viatura da Polícia Militar foi chamada, e o ônibus teve de ir direto para um portão especial que dá acesso à pista de embarque, seguido pela massa que protestava. Aos gritos de ‘mercenário’, Uelliton precisou ser escoltado pelos PM’s e por seguranças particulares para deixar o ônibus.
- Uelliton! Vá se f...! O meu Vitória não precisa de você! - gritavam os membros da organizada.
Na pista de embarque, alguns jogadores mostravam-se assustados com a confusão. Membros da torcida organizada continuaram ameaçando os jogadores.
- Vocês vão cair no pau - gritava um torcedor fazendo gestos de um lutador de boxe.

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