Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
O vereador de Salvador Hilton Coelho (PSOL) afirmou, nesta quarta-feira (17), que “a covardia representada pela instituição do voto secreto” na Câmara Municipal quase proporcionou ao ex-prefeito João Henrique (PP) os 29 votos que precisava para ter suas contas aprovadas. Na votação do parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), contrário à aprovação das prestações referentes ao exercício de 2010, 25 edis tentaram salvar o ex-alcaide da inegibilidade por oito anos e 18 mantiveram a decisão da Corte. “A vontade popular foi preservada, porém, fica a mácula da covardia dos que se escondem no voto secreto. Foi muito pouco. Chega de voto secreto. As vereadoras e vereadores devem assumir suas posições políticas de forma clara para que a população saiba qual o comportamento de quem ela elegeu”, criticou. O edil socialista, que declarou voto pela rejeição das contas de João Henrique, defendeu o voto aberto no Legislativo soteropolitano. “Quem se propõe a ser representante do povo assume a responsabilidade de não se curvar a quem quer que seja ou a qualquer pressão. Se fizer isso, não serve para ser vereador. O voto aberto na Câmara de Salvador e em todas as casas legislativas é uma medida fundamental contra a impunidade, a falsa democracia e pela moralização da vida pública”, defendeu.
Para Hilton, já passou da hora de acabar com o voto secreto na Casa. “Ao esconder do eleitor o que faz, o eleito se esconde podendo alegar o que bem quiser. A única maneira de se fazer transparente a política e com ela toda a vida pública, é expondo à população os atos, opiniões e votos dos vereadores. Afinal foi pelo voto popular que chegaram à Câmara Municipal de Salvador. É para o povo que trabalham e a esse devem essa satisfação. Voto secreto é porta tão escancarada à falcatrua que posso dizer que se confundem”, disse.
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