sexta-feira, 12 de julho de 2013

Dia Nacional de Luta: Salvador e interior param pelos direitos trabalhistas


O Dia Nacional de Luta, que mobiliza diversas categorias trabalhistas no Brasil, começou com a paralisação de ônibus na capital baiana. Nesta quinta-feira (11), cerca de 2,5 mil veículos públicos não saíram das garagens desde às 4h da madrugada. Às 9h, a frota foi às ruas, deixando pontos de ônibus cheios e ônibus lotados. O comércio na Avenida Sete esteve fechado durante toda a manhã.

Em Salvador, uma passeata pacífica, organizada pelas centrais sindicais, marcou a celebração do dia. Manifestantes de categorias como comerciários, bancários, rodoviários, construção civil, metalúrgicos, transporte, alimentação, entre outros, além da população, caminharam do Campo Grande à Praça Municipal.

Yolanda Viana, 49 anos, integrou à manifestação com os vizinhos. Para ela, as melhorias devem ser, principalmente, nas áreas da saúde, educação, além de melhores salários para os trabalhadores. "Já passou da hora de acontecer as manifestações. Não conheço nada sobre sindicatos mas acho que é um reforço".

Profissionais e residentes da área da saúde reivindicaram o reconhecimento como residentes, direito à meia passagem e titulação em concursos de forma diferenciada.

Marcelo Barbosa, coordenador estadual da Frente de Luta por Moradia, conta que a principal reivindicação é a entrega imediata dos apartamentos do Minha Casa, Minha Vida prontos em bairros como Jardim Cajazeiras e Fazenda Grande 3. “Estamos aguardando há mais de 2 anos”.

Vereadores e deputados também aderiram ao movimento. O vereador Hilton Coelho (PSOL), garante que as manifestações devem mudar os rumos da Câmara dos Vereadores de Salvador. O edil vêm participando das manifestações e reuniões do Movimento Passe Livre (MPL), que debate a mobilidade urbana da capital. Para ele, as principais reivindicações da população são nas áreas da saúde, educação, segurança e transporte. “É muito positiva esta manifestação, pois integra os sindicatos ao movimento que vieram para fortalecer”.

O vereador Luiz Carlos Suica (PT) também esteve na manifestação. Em cima do trio elétrico, que acompanhou os protestantes, o edil discursou e demonstrou total apoio à causa. “A pauta principal dos direitos dos trabalhadores é a também a minha voz. Estamos juntos em defesa aos trabalhadores. Somos contra a PEC 4330”, disse Suíca.

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB) discursou em meio à passeata. Alice declarou que está “muito feliz pela conquista que trouxe de Brasília”. A comunista se referiu à confirmação de 50% do Fundo Social que será destinado à educação. De acordo com a parlamentar o fundo dará um incremento de bilhões ao sistema educacional brasileiro. “Estou muito feliz, pois essa é a bandeira da minha vida”, concluiu Alice.

Bahia

As manifestações também aconteceram em diversos municípios baianos. Em Arataca, trabalhadores sem terra fecharam a BR-101, reivindicando a reforma agrária. No município de Marcionílio Souza, integrantes do Movimento dos Acampados e Assentados e Quilombolas da Bahia (Ceta) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) fizeram protesto pararam um trem, na estação que fica a 4km da cidade. De acordo com a representante do Ceta, Nólia Oliveira, “o Incra nacional suspendeu créditos voltados para os assentamentos e pedimos que esses recursos voltem a ser disponibilizados para as construções e reformas de moradias, instalação do crédito semiárido, com a construção de cisternas individuais, e o crédito de apoio para as infraestruturas”. Em Santo Antônio de Jesus, os comerciários apoiaram o movimento, mas não fecharam as portas.

Um comentário:

  1. É ótimo essa reivindicação, mais além da redução da carga horária de trabalho o que tem que ser batido firmemente é a questão da aposentadoria, esse tempo é muito longo para quem trabalha.

    GUEU-20

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