Duas mangueiras em meio a uma avenida movimentada de um bairro de Salvadorchamam atenção de quem passa pelo local. No Dia da Árvore, comemorado neste sábado (21), o G1 traz uma matérias sobre duas árvores que têm dezenas de objetos de todos os tipos pendurados.
É impossível passar pelo final da Avenida Edgard Santos, no limite entre os bairros de Narandiba e Cabula V, e não observá-las. O dono da obra é o ex-caminhoneiro e hoje artista plástico Ivo Conceição Lisboa, 65 anos.
É impossível passar pelo final da Avenida Edgard Santos, no limite entre os bairros de Narandiba e Cabula V, e não observá-las. O dono da obra é o ex-caminhoneiro e hoje artista plástico Ivo Conceição Lisboa, 65 anos.
Nas árvores tem de tudo: máquinas fotográficas, fax, carro de bebê, discos antigos, de artistas como Robertos Carlos, fita cassete, de cantores como Leonardo, por exemplo, além de capacetes para motociclistas, sofá, e outros objetos.
Há cerca de 10 anos ele resolveu pendurar os objetos nas árvores que ficam bem em frente à loja de cerâmica na qual trabalha. Ivo divide o tempo entre o estabelecimento e as árvores, atravessando a rua o dia inteiro. Ele conta como teve a ideia de usar as duas árvores para colocar os objetos. "Foi para chamar a atenção de como a gente produz lixo e de que a gente pode aproveitar as coisas. Recebo muitas doações aqui e faço muitas doações também. Deixam tudo que você imaginar por aqui, geladeira, televisão. Esse carrinho de bebê mesmo pode ser usado por alguém que não tenha dinheiro para comprar um. Tá bom, dá para usar", diz.
Os moradores da região já estão acostumados com as duas árvores enfeitadas, mas quem é novo no local tem curiosidade. É o caso do funcionário de uma empresa que presta serviço de limpeza para a prefeitura de Salvador. No dia em que a reportagem do G1 visitou o local onde ficam as árvores, ele começou a trabalhar na região e contou que a árvore não passou desapercebida. "Achei curioso, diferente, não tinha visto nada assim antes. Ainda não procurei saber do que se trata", afirmou Delírio Santos.
Ivo diz que tem quem não concorde com o trabalho que ele faz nas árvores e defende a atividade. "Tem gente que passa aqui me xingando, dizendo que estou fazendo mal à árvore, matando ela. Não faço mal nenhum. Tenho o cuidado de colocar os objetos em ganchos e pendurá-los nas árvores para não machucá-las", descreve
.
.
É um milagre até a presente data nenhum representante da prefeitura atrapalhar a obra de arte do cara com a conversa de destrato com o meio ambiente.
ResponderExcluirGUEU-20