sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Ney Campello pode ser candidato a prefeito em 2016: 'Partido que não disputa poder é ONG'

por Evilásio Júnior
Ney Campello pode ser candidato a prefeito em 2016: 'Partido que não disputa poder é ONG'
Foto: Tiago Melo/ Bahia Notícias
O secretário estadual da Copa, Ney Campello, afirmou ao Bahia Notícias, nesta quinta-feira (12), que o seu partido – PCdoB – decidiu participar mais ativamente da vida política de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Residente há sete anos na cidade – embora sua família seja originária do bairro da Ribeira, na capital, onde se criou –, o titular da Secopa pode até mesmo pintar como candidato do partido a prefeito em 2016. Certo mesmo, segundo Campello, é que ele vai integrar "a linha de frente" do comitê municipal da sigla, que elegerá os seus diretores no próximo sábado (14). O comunista vai aproveitar o surgimento de lideranças locais da legenda, a exemplo do vereador Júnior Neves, Chico Franco – candidato a deputado estadual mais votado em 2010 – e Alfredo Boa Sorte – superintendente de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde do governo –, bem como a participação da sua pasta na atração do metrô  para Lauro (os recursos são oriundos do PAC da Copa), para reforçar a tese. "O nosso entendimento é de que devemos lançar um nome em Lauro de Freitas, que vive dois problemas cruciais: falta de planejamento e mobilidade urbana. Com o metrô, esse é o melhor momento para se discutir essas questões", argumentou, ao listar outras dificuldades como a venda de imóveis abaixo da faixa de mercado em vários condomínios e uma suposta intenção da atual administração, do prefeito Márcio Paiva (PP), de criar edifícios em Villas do Atlântico. "Não podemos deixar que a indústria da construção civil e a especulação imobiliária descaracterizem nossa cidade, como aconteceu em Salvador", completou.
Coligado histórico do PT, apesar de querer se colocar como "alternativa de poder", o PCdoB cogita ainda apoiar o grupo da ex-prefeita Moema Gramacho. "Nada impede que possamos conversar com Moema e com as forças políticas que a apoiam. Ela é uma aliada importante, mas o partido precisa se constituir. Partido que não disputa o poder é ONG. É claro que tudo vai depender da escolha na conferência do partido. O que eu posso afirmar agora é que estarei na linha de frente. O bicho vai pegar", brincou Ney Campello. Antes do desafio pelo Executivo laurofreitense, em entrevista ao Bahia Notícias, em junho deste ano, o secretário também já tinha se colocado à disposição da agremiação para disputar um cargo eletivo já no pleito de 2014.

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