quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Hospital Aliança pode responder criminalmente por ‘atrasar’ prisão de médica, diz MP-BA

por Francis Juliano / Sandro Freitas
Hospital Aliança pode responder criminalmente por ‘atrasar’ prisão de médica, diz MP-BA
Foto: Divulgação / Polícia Civil
Os promotores do Ministério Público do Estado (MP-BA) estudam entrar com um processo criminal contra o Hospital Aliança, caso a unidade não explique satisfatoriamente o motivo de ter internado e mantido na unidade a médica Kátia Vargas Leal Pereira, 45 anos, acusada de matar dois irmãos em um acidenteno bairro de Ondina, em Salvador. Durante coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (16), os promotores Nivaldo Aquino e Davi Gallo afirmaram que já foi enviado um ofício ao centro de saúde, questionando o porquê de a acusada ter sido levada para a unidade onde está há mais de cinco dias. O laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) aponta que a médica não sofreu “qualquer tipo de lesão” no acidente e teve apenas um “abalo emocional comum” em tal situação. No entanto, o hospital alegou que a paciente ainda teria de permanecer mais 24h internada e só poderia receber alta nesta quinta-feira (17). O promotor Nivaldo Aquino garantiu que se ficar provada a irregularidade na conduta do Aliança vai “entrar com uma ação criminal”. “Teve claramente o motivo de protelar a prisão”, disse Aquino sobre a posição da institução de saúde.



O MP-BA também pediu explicações para o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), a fim de esclarecer o motivo de Kátia não ter ido para uma unidade pública, como estaria previsto na lei. O Samu alega que no caso de pacientes com plano de saúde há a possibilidade de encaminhamento para uma instituição particular. Os promotores pretendem investigar se houve algum tipo de equívoco do Samu que poderia gerar uma multa administrativa ou se existiu “algum tipo de favorecimento”. O advogado da família dos irmãos Emanuel e Emanuelle, Daniel Keller, afirmou que os parentes das vítimas esperam quatro medidas, sendo que duas já foram concluídas: prisão e denúncia da médica, além da condenação por crime doloso e pena máxima, que seria de 60 anos. A acusada deve ser levada ainda nesta quarta para um presídio feminino, onde ficará em uma cela separada, por ter ensino superior.

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