Eduardo Campos e Lídice da Mata
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente do PSB e pré-candidato do partido à Presidência da República, afirmou que vai “discutir um programa para a construção de um novo tempo na Bahia” que deve nortear a candidatura da senadora Lídice da Mata ao governo do estado. Segundo Campos, o objetivo é, “ao lado de outras forças políticas, ajudar no desenvolvimento econômico, sustentável, na melhoria da qualidade dos serviços públicos, sobretudo a segurança, saúde, a logística na Bahia, com obras estruturantes para melhorar o ir e vir das pessoas e da produção”. A declaração foi dada durante entrevista à rádio Tudo FM na manhã desta quinta-feira. Sobre os cargos que a legenda ocupa no estado e nos governos do PT, afirmou que o partido “deve deixar o governo muito à vontade e seguir o nosso caminho”.
Campos evitou falar sobre as conversas com a ministra Eliana Calmon, ex-presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que poderia integrar a chapa de Lídice da Mata como candidata ao senado pelo PSB, mas não economizou adjetivos elogiosos ao falar sobre ela. “Ela é uma ministra que honra as melhores tradições do Judiciário brasileiro. Uma mulher que mostrou no exercício das suas funções a capacidade extraordinária de lutar para renovar as instituições, de lutar para enfrentar os erros, procurar renovar o Judiciário, aproximar a Justiça do povo. Isso fez com que o Brasil visse nessa baiana uma pessoa que defendeu com muita garra e determinação valores que estão faltando na vida brasileira. Valores como o da seriedade, da ética, da busca pela justiça… Isso faz com que brasileiros dos quatro cantos do país lembrem de coisas muito boas [ao ligar o nome dela]. É claro que qualquer partido decente desse país gostaria de contar com a presença dela colaborando com a vida na política. As portas do PSB estarão escancaradas para ela com a nossa militância na porta para receber uma brasileira que honra as melhores tradições da vida pública e republicana desse país”, disse.
Sobre o atual modelo de política brasileira, teceu duros comentários ao afirmar que “é possível fazer política de outra forma” e previu pioras para o país, caso não haja mudança nos rumos da gestão. “O arranjo político que está dado no Brasil, em Brasília, que soma inúmeros partidos, esse conjunto de forças não vai legar ao Brasil nada de novo como no passado, que levou o Brasil à democracia. Agora, a gente não vê nessa frente política que está em construção a possibilidade de fazer nada de melhor do que o que está aí. O que pode é ter uma piora se a gente continuar com esse crescimento pífio da economia, se a gente continuar vendo a inflação bater na porta dos trabalhadores”, atacou.
Emerson Nunes
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