por Marcelo Gomes e Sergio Torres | Agência Estado
Foto: Reprodução/ O Globo
O índio que se identifica como Urutau José Guajajara foi retirado da árvore em que permaneceu por 26 horas, em protesto contra a possibilidade de demolição do Museu do Índio, vizinho ao estádio do Maracanã (zona norte do Rio). Ele não reagiu após ser cercado por bombeiros, que subiram de maneira simultânea por três acessos diferentes. Vestido apenas com uma bermuda, com um cocar no alto da cabeça, o homem foi levado até o chão por cordas, ao estilo rapel, por volta das 11h30 desta terça-feira (17). Em seguida, foi colocado em uma ambulância, que seguiu para um hospital da capital fluminense. Os ativistas que acompanharam o protesto tentaram evitar a saída da ambulância e houve enfrentamento com policiais. De dentro do veículo, pertencente ao Corpo de Bombeiros, pôde-se notar a liberação de spray de pimenta em direção ao grupo. "Isso é prisão. É o Estado usando a força para interferir na pauta dos movimentos sociais", reclamou o advogado do indígena, Arão da Providência, que também foi atingido. O defensor comentou ainda a decisão da Polícia Militar de retirar os manifestantes do velho museu. "O governador [Sérgio Cabral] acha que o prédio é dele", gritou. Guajajara subiu no alto de uma árvore de quatro metros às 9h30 de segunda-feira (16), durante a remoção dos manifestantes, indígenas e simpatizantes, da região.
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