por Felipe Santana
Foto: Cristiane Mattos / Futura Press / Estadão
Tricolor, comemore como quiser. O Bahia aos trancos e barrancos está na elite do futebol brasileiro de 2014. Não foi uma simples permanência. Ela foi confirmada em um jogo que muitos consideraram inesquecível. Diante do Cruzeiro, já campeão brasileiro, o tricolor baiano ignorou o clima de festa, a entrega da taça. Botou água no chopp mineiro. Venceu por 2 a 1 na tarde deste domingo (1º), no Minerão, e está livre do perigo à segunda divisão do próximo ano.
O resultado foi histórico. Pela primeira vez na história dos confrontos entre baianos e mineiros, o tricolor conseguiu vencer o Cruzeiro atuando no Estádio do Mineirão. Não era apenas esse tabu. O Bahia não vencia o Cruzeiro há dezenoves, um jejum de quatorze partidas que foi apagado.
O Bahia ainda tem mais um jogo pela frente. No próximo domingo (8), na Arena Fonte Nova, o esquadrão terá pela frente o Fluminense, às 16h.
Jogo
Todos, antes da bola rolar, imaginavam que a história da partida seria o Bahia preocupado em se defender, focado em parar o Cruzeiro, na busca do contra-ataque perfeito. O que não aconteceu. Os primeiros capítulos do filme surpreenderam. Aos 9 minutos, dentro da grande área, Fernandão teve a primeira oportunidade. Bateu no canto e o goleiro Fábio defendeu. No minuto seguinte, mesmo de longe, foi a vez de Everton Ribeiro colocar Marcelo Lomba para trabalhar. O arqueiro tricolor espalmou a finalização para fora.
O resultado foi histórico. Pela primeira vez na história dos confrontos entre baianos e mineiros, o tricolor conseguiu vencer o Cruzeiro atuando no Estádio do Mineirão. Não era apenas esse tabu. O Bahia não vencia o Cruzeiro há dezenoves, um jejum de quatorze partidas que foi apagado.
O Bahia ainda tem mais um jogo pela frente. No próximo domingo (8), na Arena Fonte Nova, o esquadrão terá pela frente o Fluminense, às 16h.
Jogo
Todos, antes da bola rolar, imaginavam que a história da partida seria o Bahia preocupado em se defender, focado em parar o Cruzeiro, na busca do contra-ataque perfeito. O que não aconteceu. Os primeiros capítulos do filme surpreenderam. Aos 9 minutos, dentro da grande área, Fernandão teve a primeira oportunidade. Bateu no canto e o goleiro Fábio defendeu. No minuto seguinte, mesmo de longe, foi a vez de Everton Ribeiro colocar Marcelo Lomba para trabalhar. O arqueiro tricolor espalmou a finalização para fora.
Bahia abre o placar
Fernandão, após chutão de Marcelo Lomba, desviou. William Barbio dominou rápido e tocou para Marquinhos, o deixando na frente do gol. O camisa 10 tocou na saída do goleiro Fábio e abriu o placar no Mineirão: Bahia 1 a 0. Apesar da vantagem, a postura do Bahia era positiva. Marcação forte e poucos espaços para os homens de frente do time mineiro. Para dificultar a vida do Cruzeiro, os meias Ricardo Goulart e
Everton Ribeiro precisaram ser substituídos antes do intervalo.
Everton Ribeiro precisaram ser substituídos antes do intervalo.
Em dois lances, com Borges e Souza, o goleiro Marcelo Lomba levou um susto. Ambos tiveram a chance de finalizar e mandaram por cima da meta. Falta de pontaria é o que não faltou o meia do Bahia, Anderson Talisca. Aos 26, o goleiro Fábio impediu que a vantagem tricolor aumentasse. O meia Anderson Talisca arriscou de fora e o camisa 1 cruzeirense fez boa defesa, espalmando para fora da área.
Polêmica no Mineirão
O Cruzeiro reclamou muito de um pênalti não marcado aos 36. Titi, na tentativa de marcar Dagoberto, caiu dentro da grande área. O atacante cruzeirense passou pelo oponente, caiu e reclamou muito de uma falta não marcada. O árbitro considerou normal e deu continuidade ao jogo.
O Cruzeiro reclamou muito de um pênalti não marcado aos 36. Titi, na tentativa de marcar Dagoberto, caiu dentro da grande área. O atacante cruzeirense passou pelo oponente, caiu e reclamou muito de uma falta não marcada. O árbitro considerou normal e deu continuidade ao jogo.
Antes do intervalo, os campeões criaram duas chances. Aos 39, após cruzamento, Souza apareceu sozinho na grande área e cabeceou para fora. O volante, no último lance do primeiro tempo, teve outra. Souza bateu falta com força e Marcelo Lomba defendeu.
Festa e pressão
Faltavam mais de dez minutos para o fim do jogo. Mesmo assim, com a vantagem no placar, o técnico Cristóvão Borges fez a última alteração na equipe. Fechou tudo que podia e deveria. Colocou o volante Diones no lugar do meia Marquinhos, deixando apenas o centroavante Souza isolado. A postura tática do Bahia obrigou o Cruzeiro a pressionar, e foi que aconteceu. Todos os jogadores do Bahia ficavam atrás da linha do meio de campo, enquanto o time mineiro trocava passes. O resultado não significava nada para o futuro dos donos da casa. A torcida, então, fez a parte com direito a gritos de tricampeão e olé, apesar da derrota momentânea.
Gols no fim
O Cruzeiro insistiu e empatou. Aos 39, depois do escanteio, Bruno Rodrigo cabeceou no canto e deixou tudo igual. Marcelo Lomba tentou salvar, mas a bola já havia entrado. Pouco depois, mesmo extremamente recuado, o Bahia quase retomou à ponta do marcador. Diones finalizou e o goleiro Fábio fez bela defesa.
Ainda dava tempo, e deu. Pontualmente aos 45 minutos, Souza fez um bela cruzamento para Anderson Talisca. O meia errou e, ao mesmo tempo, deu sorte. A finalização tomou o caminho do gol e enganou Fábio. Era o Bahia na frente do placar e vaga na elite de 2014.
FICHA TÉCNICA:
Segundo tempo agitado
O Cruzeiro precisou apenas de dois minutos para criar a primeira chance da etapa final. Foi uma bonita tabela: Júlio Baptista, William e Borges. O camisa 10 finalizou com categoria, mas com desvio, a bola saiu pela linha de fundo. No escanteio, Souza aproveitou a sobra e bateu em cima de Marcelo Lomba. A resposta do Bahia aconteceu aos 6 minutos. Talisca cruzou na medida e, de cabeça, Fernandão mandou para fora. Uma boa chance para cada lado nos minutos iniciais. Foi um reinício de jogo eletrizante. Porque, aos 8, o Cruzeiro levou perigo ao goleiro Marcelo Lomba.
O Cruzeiro precisou apenas de dois minutos para criar a primeira chance da etapa final. Foi uma bonita tabela: Júlio Baptista, William e Borges. O camisa 10 finalizou com categoria, mas com desvio, a bola saiu pela linha de fundo. No escanteio, Souza aproveitou a sobra e bateu em cima de Marcelo Lomba. A resposta do Bahia aconteceu aos 6 minutos. Talisca cruzou na medida e, de cabeça, Fernandão mandou para fora. Uma boa chance para cada lado nos minutos iniciais. Foi um reinício de jogo eletrizante. Porque, aos 8, o Cruzeiro levou perigo ao goleiro Marcelo Lomba.
Dagoberto cruzou e a defesa do Bahia cortou. William Barbio, ao invés de afastar o perigo de vez, errou o domínio e a bola retornou para grande área. Sozinho, o atacante Borges exagerou na força , ao tocar por cima do camisa 1 tricolor, finalizou para fora.
O time campeão, aos 26 minutos, chegou ao gol de empate. Após cruzamento, o atacante Vinicius Araújo desviou e o goleiro Marcelo Lomba salvou. No rebote, o volante Souza empurrou para o fundo do gol. No entanto, o jovem atleta cruzeirense estava impedido e o gol foi anulado, após decisão de Marcia Bezerra Lopes.
Goleiros em ação
O Cruzeiro tinha maior de posse de bola. O Bahia, então, resolveu apostar nos contra-ataques que quase resultaram no segundo gol. Aos 15 minutos, em jogada individual, o meia Marquinhos quase chegou lá. Passou por Bruno Rodrigo, entrou na área e bateu para outra defesa de Fábio. Era lá e cá.
O Cruzeiro tinha maior de posse de bola. O Bahia, então, resolveu apostar nos contra-ataques que quase resultaram no segundo gol. Aos 15 minutos, em jogada individual, o meia Marquinhos quase chegou lá. Passou por Bruno Rodrigo, entrou na área e bateu para outra defesa de Fábio. Era lá e cá.
Dois minutos depois, em dois cruzamentos, foi a vez do goleiro do Bahia trabalhar. A primeira, um pouco menos complicada, Marcelo Lomba espalmou para escanteio. Na cobrança, o meia Júlio Baptista subiu sem marcação e cabeceou. O arqueiro do esquadrão, desta vez, apresentou o leque de defesas e salvou o que seria o empate.
Festa e pressão
Faltavam mais de dez minutos para o fim do jogo. Mesmo assim, com a vantagem no placar, o técnico Cristóvão Borges fez a última alteração na equipe. Fechou tudo que podia e deveria. Colocou o volante Diones no lugar do meia Marquinhos, deixando apenas o centroavante Souza isolado. A postura tática do Bahia obrigou o Cruzeiro a pressionar, e foi que aconteceu. Todos os jogadores do Bahia ficavam atrás da linha do meio de campo, enquanto o time mineiro trocava passes. O resultado não significava nada para o futuro dos donos da casa. A torcida, então, fez a parte com direito a gritos de tricampeão e olé, apesar da derrota momentânea.
Gols no fim
O Cruzeiro insistiu e empatou. Aos 39, depois do escanteio, Bruno Rodrigo cabeceou no canto e deixou tudo igual. Marcelo Lomba tentou salvar, mas a bola já havia entrado. Pouco depois, mesmo extremamente recuado, o Bahia quase retomou à ponta do marcador. Diones finalizou e o goleiro Fábio fez bela defesa.
Ainda dava tempo, e deu. Pontualmente aos 45 minutos, Souza fez um bela cruzamento para Anderson Talisca. O meia errou e, ao mesmo tempo, deu sorte. A finalização tomou o caminho do gol e enganou Fábio. Era o Bahia na frente do placar e vaga na elite de 2014.
FICHA TÉCNICA:
Série A – 37ª rodada
Cruzeiro x Bahia
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data: 01/12/2013
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO)
Auxiliares: Marcia Bezerra Lopes Caetano (RO) e Fabiano da Silva Ramires (ES)
Gol: Bruno Rodrigo / Marquinhos e Talisca (Bahia)
Gol: Bruno Rodrigo / Marquinhos e Talisca (Bahia)
Cruzeiro: Fábio; Ceará, Bruno Rodrigo, Dedé e Egídio; Lucas Silva, Souza, Ricardo Goulart (William) e Everton Ribeiro (Júlio Baptista); Dagoberto e Borges (Vinicius Araújo). Técnico: Marcelo Oliveira.
Bahia: Marcelo Lomba; Rafael Miranda, Demerson, Titi e Raul; Fahel, Hélder e Talisca; Marquinhos (Diones), William Barbio (Fabrício Lusa) e Fernandão (Souza). Técnico: Cristóvão Borges.
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