por José Marques
Foto: Divulgação
“Ahoy, Piratas!” é a saudação da pretensa nova legenda política do Brasil, recém-registrada como pessoa jurídica em cartório, com intenção de ser “libertária em amplo espectro, contra o autoritarismo, em defesa dos movimentos de rua e em busca de um empoderamento popular”. Intitulada Partido Pirata do Brasil, a sigla ainda tem um longo caminho para se validar. Os futuros afiliados terão que coletar pelo menos 500 mil assinaturas em, no mínimo, nove estados – cada um deles com um número igual ou maior que 0,1% do eleitorado – para se tornar ser aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Será o 23º partido político do país, se for oficializado antes da Rede Sustentabilidade, de Marina Silva. Em Salvador, os piratas querem garantir ao menos um assento na Câmara de Vereadores em 2016. “Nossa meta é conseguir o máximo de vereadores possíveis, mas visto que somos um movimento horizontal, que não tem grande financiador por trás, qualquer vereador que a gente conseguir já vai ser uma grande conquista para o Partido Pirata”, avaliou o 2º secretário-geral do partido, Kristian Pasini, em entrevista ao Bahia Notícias. De acordo com ele, o grupo tem como base os princípios “de liberdade de compartilhamento de cultura, de privacidade individual, dos direitos civis e da transparência pública”. “Entendemos que esse é o caminho do desenvolvimento da sociedade. Não nos preocupamos com a classificação de direita e esquerda – não porque não achamos que não seja válida, mas porque preferimos que as pessoas analisem a gente e digam o que consideram através dos nossos princípios, não em um enquadramento que hoje em dia está cada vez mais nebuloso”, declarou. Ele diz que, no momento, “articula os coletivos” para capilarizar a coleta de rubricas, principalmente através de mobilização na internet, onde o partido é mais forte. Kristian acredita que a meta de estar registrado até 2016 é realística, e compara com a Rede, que não conseguiu se viabilizar até o último dia 5 de outubro para concorrer em 2014. “Temos que pensar também no contexto do partido de Marina [Silva]. Eles tentaram coletar uma quantidade muito grande de assinaturas em um tempo muito próximo do prazo limite para poder conseguir justamente concorrer às eleições. A gente, enquanto organização, é completamente estruturado por voluntários e estritamente profissional. A gente não é financiado nem por banco, como o partido de Marina é, nem bancado por nenhum sindicato nem uma grande empresa ou grupo corporativo. A gente acha que é absolutamente factível o registro”, considerou.
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