sexta-feira, 9 de maio de 2014

'Lutarei pela causa das doenças raras até meu último dia', diz Romário em Salvador

por Lucas Cunha / Luiz Fernando Teixeira
'Lutarei pela causa das doenças raras até meu último dia', diz Romário em Salvador
Foto: Luiz Fernando Teixeira / Bahia Notícias
Em campo, Romário foi um daqueles jogadores raros, um dos melhores (para muitos, o melhor) centroavantes que o Brasil já teve em todos os tempos. Após deixar os campos e ingressar na carreira política, o deputado federal fluminense pelo PSB tem sido notabilizado por uma luta admirável: a causa dos portadores de doenças raras. Sua vinda a Salvador nesta quarta-feira (8), para um jogo entre amigos no Estádio de Pituaçu, tem como objetivo arrecadar fundos e principalmente alertar a população para a campanha “Brasil x ELA. Todos Contra a Esclerose Lateral Amiotrófica”. Aproximadamente 16 mil pessoas estão diagnosticados com a ELA no país. Entre eles, dois famosos jogadores baianos: o atacante Washington (ex-Fluminense) e o lateral Mailson (ex-Bahia). Romário entrou em contato com a realidade dos portadores da ELA durante o seu primeiro ano de mandato, quando começou a conhecer melhor as dificuldades que quem luta contra doenças raras enfrenta no Brasil. “Quando entrei na política, minha causa já era essa (sua filha, Ivy Bittencourt, tem síndrome de Down). Estou nela até hoje. Lutarei pela causa das doenças raras até o meu último dia. Quero dar visibilidade a essas pessoas, pois não temos políticas públicas voltadas para elas, que confiam em mim para falar de um tema tão delicado”, disse o ‘Baixinho’, em rápida conversa com o BN em um escritório no Hotel Matiz, no bairro do Costa Azul, pouco antes de partir para o jogo em Pituaçu.
 

Romário em entrevista ao BN em um escritório no Stiep durante passagem por Salvador

No último ano do seu primeiro mandato como deputado federal, Romário agora parte para voos maiores em sua carreira política, como pré-candidato a uma vaga ao Senado pelo Rio de Janeiro. Diz ter uma relação "tranquila e amistosa" com o presidenciável do seu partido, Eduardo Campos, e também uma "boa relação" com a vice Marina Silva. "Com Eduardo já estamos conversando sobre apoios para as coligações da nossa base no Rio. Com Marina tive pouco contato, ainda não conversamos especificamente sobre o Rio de Janeiro, mas entendo que o objetivo maior da Presidência está acima neste momento. Mas acredito que quando chegar a hora conversaremos e ajudarei muito eles no Rio, como sei que posso também ajudá-los na campanha pelo Brasil. E eles farão o mesmo por mim”, apostou. Apesar de o papo ficar em torno da "nobre causa" que trouxe Romário a Salvador, é impossível não abordar o tema futebol com o principal responsável pelo tetracampeonato em 1994. Sobre a convocação de Felipão, o eterno camisa 11 disse não ter visto nenhuma grande ausência. “Apostava no Diego Cavalieri como terceiro goleiro, mas não tenho nada contra o Victor [do Atlético-MG]. Teve a convocação do Henrique [Napoli] que muita gente discordou, mas acho que, no geral, os outros 21 jogadores da ‘Família Felipão’ eram esses mesmos”, analisou. Também repetiu o seu atual mantra de que "o Brasil já perdeu a Copa fora do campo", devido aos graves problemas na organização do Mundial, mas diz acreditar na possibilidade do título dentro das quatro linhas. “Pelo menos isso, né? Porque vai ser muito difícil. Isso posso dizer, já estive lá. Valeu, fera?”, disse, antes de se despedir, escoltado pela sua assessora para a segunda parte da noite, em que mostraria um pouco da sua genialidade no gramado de Pituaçu para tentar chamar a atenção dos seus fãs para a causa da Esclerose Lateral Amiotrófica. Mais um golaço do Baixinho.

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