Foto: Reprodução/O Globo
O pastor e presidente da Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM) Betel, em Irajá, Marcos Lord, se transformou na drag queen Luandha Perón. O ato foi para celebrar um culto evangélico e ao mesmo para fazer um protesto contra o preconceito que sofreu no passado. "Contei para o pastor da minha antiga igreja que era gay e ele praticamente me amaldiçoou. Fui expulso de casa. Passei anos achando que ia para o inferno até me apresentarem a Betel", conta Marcos ao jornal 'Extra'. O pastor gay disse que a pregação que faz em um ambiente com preceitos evangélicos levantam a bandeira contra a homossexualidade. Ele também defende uma releitura da Bíblia. "Se você for ler a Bíblia ao pé da letra, terá muitos problemas. Ela fala sobre escravidão, que você tem direito a ter um irmão escravo seu por sete anos. Ela diz que você não tem direito de comer carne de porco. Mas quem vai abrir mão de comer o seu presunto e o seu pernil? Se nós mantivéssemos a mesma visão que sempre tivemos da religião evangélica, a mulher estaria até hoje calada", questionou. Ele continua a argumentação: "Eu não posso simplesmente pegar a Carta aos Romanos e lê-la como se ela tivesse sido escrita para os brasileiros do século XXI. A Carta aos Romanos foi escrita para os cristãos de Roma, daquele período histórico, do primeiro século. Então eu não posso achar que ela é válida para hoje. Mas eu posso tentar pegar alguns ensinamentos que estão ali e achar novos significados para os dias de hoje? Posso. Assim como pego os ensinamentos da minha avó e tento trazer para minha vida até hoje. Mas isso não quer dizer que eu não vá pedir manga com leite numa lanchonete porque ela disse uma vez, lá atrás, que faz mal", explica.
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