quinta-feira, 12 de junho de 2014

Palmas, selfies e ‘alívio’ marcam primeira viagem de usuários do metrô na Lapa

por Francis Juliano
Palmas, selfies e ‘alívio’ marcam primeira viagem de usuários do metrô na Lapa
Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias
Quando os quatro vagões chegaram à Estação da Lapa, o público resolveu dar um desconto para o metrô e lançou palmas para a locomotiva, com um misto de alívio e pilhéria. Depois do longo chá de cadeira de 14 anos, quem se sentiu o São Thomé, ao só acreditar vendo, ainda esperou quase uma hora e meia para poder entrar no trem. Antes, a CCR Metrô Bahia, concessionária que administrará o modal por 30 anos, havia prometido a primeira viagem às 12h. No trajeto que saiu da Lapa até o Acesso Norte (Rótula do Abacaxi), as pessoas aproveitaram para brincar com a ocasião. Além de muita zoada, a moda dos selfies fez sucesso entre os usuários. Foi o caso do alagoano, mas “baiano de coração”, Petrúcio Pinheiro, de 72 anos, morador do Centro. “Tomara que isso seja bom mesmo. Depois de esperar tantos anos, esse metrô tinha que sair, não é?”, interrogou ao BN, enquanto pedia ao repórter que registrasse sua imagem para não perder o momento “histórico”. Nos carros do modal, que comportam de 250 a 300 pessoas cada, os aposentados marcaram presença e aproveitaram para soltar o grito de alívio e de desconfiança. “Se esse negócio está funcionando agora é porque podia funcionar muito bem lá atrás”, disse Zózimo Souza, enquanto saia pela porta de um vagão na Estação do Campo da Pólvora e voltava a entrar por outra, como se imaginasse que a viagem tivesse sido encerrada. A poucos metros de Zózimo, seu Leur Moreira, de 86 anos, dava uma risada cansada de quem chegou às dez da manhã e só foi entrar no trem no início da tarde. “Agora está bom” disse. Ele, que mora em Plataforma, contou que vai aproveitar o modal quando der umas voltas pelo centro.


Houve também quem trouxesse os descendentes para 
registrar
 o fato. “Ao contrário do meu filho mais velho, que tem 14 anos, esse aqui de dois teve sorte”, conta Jucimara Sena, ao se referir ao filho Ronei, que viajou no colo. Na velocidade de 40 km/h (a previsão é que andem a 80 km/h quanto terminar a operação assistida em setembro), os trilhos chegaram até o final do percurso em 14 minutos e 12 segundos. Em setembro, a CCR promete alcançar o Acesso Norte em 10 minutos e Pirajá, em abril do ano que vem, em 17 minutos. É ver para crer. 

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