segunda-feira, 14 de julho de 2014

'Quem provocou toda essa celeuma foi o governador, não fui eu', acusa ACM Neto

'Quem provocou toda essa celeuma foi o governador, não fui eu', acusa ACM Neto
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), voltou a criticar o que ele considera com tentativa do governador Jaques Wagner (PT) de interferir na licitação do transporte público da capital baiana (ver aquiaquiaquiaqui e aqui também). O democrata disse que os modelos de concorrência pública usados pela prefeitura e pelo Estado são diferentes. “As licitações do governo do Estado são feitas em um modelo em que o governo é obrigado a se endividar e, é bom lembrar, que o governo teve de antecipar a receita de royalties em um projeto controverso aprovado na Assembleia Legislativa para pagar esses financiamentos. À Fonte Nova, o governo tem que colocar todo ano R$ 100 milhões para pagar o privado. No caso do metrô, vai ter de colocar mais de R$ 120 milhões por ano. Esse é um dinheiro comprometido pelo povo de Salvador e da Bahia” apontou. “No caso nosso, da prefeitura, é o contrário. A gente quando faz a concessão de um serviço, quando a gente faz uma licitação, a gente ainda cobra dinheiro dos empresários. Se eles vão ganhar dinheiro explorando o serviço, eles têm de pagar à cidade. Pagar ao cidadão”, comparou. Neto disse lamentar a interferência do governador no processo. “Acho lamentável que o governador queira criticar a licitação de transportes, tão importante para melhorar o transporte de Salvador, exatamente em um dos pontos que acho positivo, que é o fato de que a prefeitura vai fazer a licitação e mesmo assim ainda vai levantar R$ 160 milhões que serão revertidos para investimentos, mobilidade urbana, em soluções de transporte”, listou. Sobre o clima criado a partir do ofício enviado pelo governador, o prefeito opinou. “Eu, infelizmente, não posso deixar de questionar porque o governador, quando o processo licitatório está chegando ao fim, que durou mais de um ano, tão importante para a cidade, e logo agora, nas vésperas da eleição, ele faz isso. Quem provocou toda essa celeuma, essa discussão, foi o governador, não fui eu”, acusou.

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