terça-feira, 18 de novembro de 2014

‘O produto é meu, eu guardo onde quiser’, diz dono do Caranguejo do Porto após prisão

‘O produto é meu, eu guardo onde quiser’, diz dono do Caranguejo do Porto após prisão
Foto: Divulgação/Decon
O dono do restaurante Caranguejo do Porto, Abson Silva Che, 43 anos, preso na sexta-feira (14) por comercializar frutos do mar estragados, defendeu que sua prisão foi ilegal e que deveria ter sido punido apenas no âmbito administrativo. “A casa está abandonada. Eu fiz um depositozinho para botar caranguejo no fundo. Guardar caranguejo não tem milagre. Caranguejo já se diz, é um mangue, é vivo. O produto é meu, eu guardo onde quiser. É o administrativo que tem que me questionar”, afirmou, em entrevista ao Correio. Para sair da prisão, Abson teria pago mais de R$ 7 mil. De acordo com o empresário – que em 2010 afirmou ser responsável pelo fornecimento de quase todo o mercado de caranguejo de Salvador –, atualmente ele comercializa cerca de dois mil crustáceos por semana. Metade iria para feiras como as de Itapuã e São Joaquim e os outros seriam utilizados no preparo do cardápio das unidades do Caranguejo do Porto na Barra e no Costa Azul. Ainda assim, ele negou ser comerciantes de caranguejos. “Eu tinha lá um depósito que era para mim e para o restaurante, que é de minha esposa, que é sócia (do Caranguejo do Porto)”, afirmou. As equipes da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e a Vigilância Sanitária de Salvador (Visa) encontraram o depósito irregular após denúncias de vizinhos sobre o mau cheiro. Acompanhados de membros da Delegacia do Consumidor (Decon), com um mandado de busca e apreensão, os agentes encontraram “um local inapropriado, insalubre e que funcionava sem licenças. Os animais ficavam em uma câmara frigorífica improvisada, com fiação exposta e sem aferição de temperatura, além de não haver indicação de sua origem”, afirmou a delegada responsável pela operação, Idalina Moreira, da Decon. “Encontramos no local fezes, veículo abandonado, um cachorro e um papagaio e nos preocupa a possibilidade de transmissão de doenças por conta da presença de ratos”, completou a delegada.

Um comentário:

  1. Se colocar na peneira os grandes restaurantes da nossa região, 90% são de mesmo proceder.
    É por isso que eu não troco as comidinhas caseiras que encontramos aqui em Lauro.

    GUEU-20

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