quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Indicadoras de poluição, baronesas tomam Lagoa do Abaeté

Indicadoras de poluição, baronesas tomam Lagoa do Abaeté
Foto: Evandro Veiga / Correio
A Lagoa do Abaeté, em Salvador, foi tomada por baronesas e salvínias e preocupa a população local. As plantas aquáticas são conhecidas por serem bioindicadoras de poluição  e, apesar de não representarem grandes riscos, podem comprometer o ecossistema da lagoa. "Em pequena quantidade, elas ajudam, porque tira a carga orgânica. Mas não pode deixar proliferar demais. Oito anos atrás o Dique do Tororó estava coberto por elas, tivemos que tirar. Em grande quantidade, pode comprometer a vida da lagoa, pois falta oxigênio", explicou o ambientalista Lutero Maurício ao Correio. Segundo ele, o problema foi causado pelo acúmulo de matéria orgânica na água. "Não tem esgoto, mas elas (as plantas) indicam matéria orgânica lá dentro (da lagoa). É a eutrofização, aumento da carga orgânica. O que geralmente tem na lagoa são fezes de cavalos, pessoas lavando roupa, água da chuva", conta Maurício. O gestor da Área de Proteção Ambiental do Abaeté, Tiago Marques, afirma que já foi feito um serviço de limpeza na região, mas o problema é recorrente e só será solucionado quando o despejo de matéria orgânica na lagoa for reduzido. "Infelizmente o parque é aberto, sem gradio, não tem como fazer controle de uso. [...] Dentro da requalificação, teríamos que colocar um cercamento, ter catraca, para que a gente consiga diminuir a quantidade de matéria orgânica", avalia Marques. Em entrevista ao Bahia Notícias, o secretário estadual do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, afirmou que a Lagoa do Abaeté está em um terreno privado, mas que a gestão tenta um acordo com o dono para acrescentá-la no projeto de requalificação da região, um dos principais parques urbanos da capital baiana.

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