por Fernando Duarte
Fotos: Montagem/ Bahia Notícias
As cartas para as eleições de 2016 estão praticamente postas no tabuleiro baiano. A pedido do Bahia Notícias, o analista político Ary Carllos, sócio do instituto de pesquisa Séculus, fez projeções sobre a situação dos maiores municípios da Bahia – a série será dividida em duas matérias. Na primeira parte, o BN apresenta o panorama eleitoral nos municípios de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Camaçari, Itabuna e Juazeiro. Na Princesa do Sertão, José Ronaldo (DEM) estaria na liderança, enquanto que em Vitória da Conquista o PT, no poder há cinco mandatos, pode deixar a prefeitura. Em Camaçari, a disputa seria polarizada entre Luiz Caetano (PT) e uma candidatura conjunta de DEM e PMDB. O caso de Itabuna deve ter uma “guinada à direita”, segundo ele. Para Juazeiro, o quadro mostra a disputa interna no PCdoB como determinante do quadro. Veja o quadro traçado:
Zé Ronaldo (DEM) e Zé Neto (PT)
Feira de Santana
Na análise de Ary Carllos, o atual prefeito, José Ronaldo (DEM), é franco favorito à reeleição, apesar de não ter uma gestão tão bem avaliada quando comparada às duas primeiras passagens dele pela prefeitura. “No campo político, José Ronaldo atraiu adversários históricos como Colbert Martins (PDMB), o ex-governador João Durval e o ex-deputado federal Sérgio Carneiro. Ao mesmo tempo, manteve ao seu lado velhos aliados como Carlos Geilson (PTN) e Targino Machado (DEM). Para o analista político, os problemas iniciais enfrentados com o aumento do IPTU e, nos últimos meses, com a implantação do BRT devem ser superados até a eleição – com a possibilidade da intervenção do BRT se tornar o grande trunfo de José Ronaldo. Segundo Carllos, o deputado Zé Neto (PT) vai polarizar, mais uma vez, a eleição com o democrata, porém o afastamento de antigos aliados como Sérgio Carneiro e o ex-vereador Ângelo Almeida, que deve sair do PT em direção ao PSB, reduz as chances do parlamentar. Há ainda, de acordo com o sócio da Séculus, duas hipóteses de terceira via, que passam pelo PSD: a filiação do radialista Dilson Coutinho à sigla ou a candidatura do deputado federal Fernando Torres. “O governo do estado tenta encontrar uma terceira via, para provocar o primeiro segundo turno das eleições de Feira”, avalia Carllos.
Herzem Gusmão (PMDB), Fabrício Falcão (PCdoB) e Zé Raimundo (PT)
Vitória da Conquista
Reduto do PT nos últimos 20 anos, Vitória da Conquista pode deixar de ser controlada por petista, caso a projeção do analista se confirme. O cenário ainda é incerto, porém o controle a “mão de ferro” do PT local pelo atual prefeito Guilherme Menezes pode dificultar a permanência da sigla no comando da prefeitura. Menezes estaria tentando emplacar um pupilo como candidato em 2016, porém “os nomes apresentados por Guilherme, até agora, não decolam”, conforme entendimento de Carllos. Para evitar uma possível derrota, o PT estadual deve tentar lançar a candidatura do deputado estadual Zé Raimundo, ex-prefeito da cidade e bem colocado nas pesquisas realizadas no município. Porém quem lidera os levantamentos realizados é o também deputado estadual Herzem Gusmão, candidato derrotado do PMDB nas duas últimas eleições – em 2012 no segundo turno. Outro a apresentar o nome é deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB), que rompeu com o governo de Guilherme Menezes após obter uma vitória expressiva na disputa pela presidência da Câmara de Vereadores. “Podemos ter três deputados estaduais envolvidos na disputa”, ressalta Carllos. Nas projeções, o analista aponta que existem dois cenários possíveis de segundo turno: Herzem contra Fabrício, caso um pupilo do atual prefeito entre na disputa representando o PT, e Herzem contra Zé Raimundo, caso o petista seja lançado candidato. “O PT estadual acredita que, se o candidato do partido for Zé Raimundo, conseguirá demover Fabrício da ideia de ser candidato. Aí as eleições se decidiriam no primeiro turno”, pontua.
Luiz Caetano (PT), Tude (PMDB) e Antônio Elinaldo (DEM)
Camaçari
No município da Região Metropolitana de Salvador, Ary Carllos aposta que o PT não terá o prefeito Ademar Delgado como candidato à reeleição. No lugar dele, o ex-prefeito e deputado federal Luiz Caetano participaria da disputa, com a obrigação de “explicar que não tem nada a ver com a criatura”. O analista, todavia, pondera que a atração do PTN para a base aliada do governador Rui Costa não reduziu o efeito do ex-prefeito Tude, que debandou para o PMDB e não mais apoia o candidato derrotado nas eleições de 2012, Maurício Bacelar – que chegou a ser apresentado como Maurício de Tude. Já o peemedebista e o vereador Antonio Elinaldo (DEM) “têm trocado juras de amor em público”, segundo Carllos. “Representando DEM e PMDB no município, Tude e Elinaldo são fortes eleitoralmente se mantiverem a aliança e estão em empate técnico nas pesquisas realizadas. O governo sabe disso e está queimando a pestana para não perder o comando da cidade mais rica da Bahia”, sugere Carllos.
Augusto Castro (PSDB), Fernando Gomes (DEM) e Geraldo Simões (PT)
Itabuna
Em Itabuna, apesar da possibilidade de reeleição, Vane da Renascer (PRB) deve desistir da tentativa, segundo previsão de Ary Carllos, resultando numa “guinada à direita”. “As pesquisas têm agradado o deputado estadual Augusto Castro (PSDB), que detém certa folga na liderança. O ex-prefeito Fernando Gomes (DEM) apareceria numa segunda posição e o também ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM) pontua. A junção dos três, deve ganhar a prefeitura”, sugere o analista. No campo de esquerda, o ex-deputado e ex-prefeito Geraldo Simões (PT) é o melhor colocado, porém o deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB) sonha em ser o candidato do grupo – na avaliação de Carllos. Porém um grupo de aliados de Vane tenta viabilizar o presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), Roberto José, como candidato e poderia ser representante do campo. “É bom lembrar que Itabuna tem registrado vitórias dos candidatos da terceira via: Geraldo Simões no primeiro mandato, Capitão Azevedo em 2008 e Vane do Renascer em 2012 estavam nessa condição”, lembra Carllos. Ainda apostam nessa “mística das surpresas eleitorais de Itabuna” os candidatos Carlos Leahy, Leninha e Antônio Mangabeira.
Zó (PCdoB) e Joseph Bandeira (PDT)
Juazeiro
Reeleito, o prefeito de Juazeiro Isaac Carvalho (PCdoB) não tem sucessor natural. Buscam a indicação o deputado estadual Zó, ex-vereador no município, o presidente da SAAE, Joaquim Neto, e os secretários Paulo Bonfim e Carlos Neiva – todos do PCdoB – e Flávio Luis (PP). “A força do prefeito e do seu grupo, somada ao estilo trator, fazem a diferença na reta final de campanha. Seus aliados apostam nessa mística, pois individualmente não têm poder de fogo”, sugere Ary Carllos. Para o analista político, Zé larga na frente e pode ser o candidato do grupo, abrindo espaço para o prefeito Isaac se candidatar a estadual em 2018. Pela oposição, os pré-candidatos “juram que estão articulando uma candidatura única”, segundo Carllos. “Joseph Bandeira (PDT), Márcio Jandir (DEM) e Wank Medrado (PMDB) juram que caminharão juntos em 2016. Nesse caso, serão fortes”, avalia Carllos. O grupo tem ainda apoios do deputado estadual Roberto Carlos (PDT) e dos ex-deputados federais Jorge Khoury (DEM) e Edson Duarte (PV) – e podem obter ainda o apoio do ex-deputado estadual Pedro Alcântara (PR). “Correndo por fora, tentando representar uma terceira via, estão o delegado Charles Leão (PV) e o Professor Paulo (PSOL)”, conclui o analista.
Zé Ronaldo (DEM) e Zé Neto (PT)
Na análise de Ary Carllos, o atual prefeito, José Ronaldo (DEM), é franco favorito à reeleição, apesar de não ter uma gestão tão bem avaliada quando comparada às duas primeiras passagens dele pela prefeitura. “No campo político, José Ronaldo atraiu adversários históricos como Colbert Martins (PDMB), o ex-governador João Durval e o ex-deputado federal Sérgio Carneiro. Ao mesmo tempo, manteve ao seu lado velhos aliados como Carlos Geilson (PTN) e Targino Machado (DEM). Para o analista político, os problemas iniciais enfrentados com o aumento do IPTU e, nos últimos meses, com a implantação do BRT devem ser superados até a eleição – com a possibilidade da intervenção do BRT se tornar o grande trunfo de José Ronaldo. Segundo Carllos, o deputado Zé Neto (PT) vai polarizar, mais uma vez, a eleição com o democrata, porém o afastamento de antigos aliados como Sérgio Carneiro e o ex-vereador Ângelo Almeida, que deve sair do PT em direção ao PSB, reduz as chances do parlamentar. Há ainda, de acordo com o sócio da Séculus, duas hipóteses de terceira via, que passam pelo PSD: a filiação do radialista Dilson Coutinho à sigla ou a candidatura do deputado federal Fernando Torres. “O governo do estado tenta encontrar uma terceira via, para provocar o primeiro segundo turno das eleições de Feira”, avalia Carllos.
Herzem Gusmão (PMDB), Fabrício Falcão (PCdoB) e Zé Raimundo (PT)
Reduto do PT nos últimos 20 anos, Vitória da Conquista pode deixar de ser controlada por petista, caso a projeção do analista se confirme. O cenário ainda é incerto, porém o controle a “mão de ferro” do PT local pelo atual prefeito Guilherme Menezes pode dificultar a permanência da sigla no comando da prefeitura. Menezes estaria tentando emplacar um pupilo como candidato em 2016, porém “os nomes apresentados por Guilherme, até agora, não decolam”, conforme entendimento de Carllos. Para evitar uma possível derrota, o PT estadual deve tentar lançar a candidatura do deputado estadual Zé Raimundo, ex-prefeito da cidade e bem colocado nas pesquisas realizadas no município. Porém quem lidera os levantamentos realizados é o também deputado estadual Herzem Gusmão, candidato derrotado do PMDB nas duas últimas eleições – em 2012 no segundo turno. Outro a apresentar o nome é deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB), que rompeu com o governo de Guilherme Menezes após obter uma vitória expressiva na disputa pela presidência da Câmara de Vereadores. “Podemos ter três deputados estaduais envolvidos na disputa”, ressalta Carllos. Nas projeções, o analista aponta que existem dois cenários possíveis de segundo turno: Herzem contra Fabrício, caso um pupilo do atual prefeito entre na disputa representando o PT, e Herzem contra Zé Raimundo, caso o petista seja lançado candidato. “O PT estadual acredita que, se o candidato do partido for Zé Raimundo, conseguirá demover Fabrício da ideia de ser candidato. Aí as eleições se decidiriam no primeiro turno”, pontua.
Luiz Caetano (PT), Tude (PMDB) e Antônio Elinaldo (DEM)
No município da Região Metropolitana de Salvador, Ary Carllos aposta que o PT não terá o prefeito Ademar Delgado como candidato à reeleição. No lugar dele, o ex-prefeito e deputado federal Luiz Caetano participaria da disputa, com a obrigação de “explicar que não tem nada a ver com a criatura”. O analista, todavia, pondera que a atração do PTN para a base aliada do governador Rui Costa não reduziu o efeito do ex-prefeito Tude, que debandou para o PMDB e não mais apoia o candidato derrotado nas eleições de 2012, Maurício Bacelar – que chegou a ser apresentado como Maurício de Tude. Já o peemedebista e o vereador Antonio Elinaldo (DEM) “têm trocado juras de amor em público”, segundo Carllos. “Representando DEM e PMDB no município, Tude e Elinaldo são fortes eleitoralmente se mantiverem a aliança e estão em empate técnico nas pesquisas realizadas. O governo sabe disso e está queimando a pestana para não perder o comando da cidade mais rica da Bahia”, sugere Carllos.
Augusto Castro (PSDB), Fernando Gomes (DEM) e Geraldo Simões (PT)
Em Itabuna, apesar da possibilidade de reeleição, Vane da Renascer (PRB) deve desistir da tentativa, segundo previsão de Ary Carllos, resultando numa “guinada à direita”. “As pesquisas têm agradado o deputado estadual Augusto Castro (PSDB), que detém certa folga na liderança. O ex-prefeito Fernando Gomes (DEM) apareceria numa segunda posição e o também ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM) pontua. A junção dos três, deve ganhar a prefeitura”, sugere o analista. No campo de esquerda, o ex-deputado e ex-prefeito Geraldo Simões (PT) é o melhor colocado, porém o deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB) sonha em ser o candidato do grupo – na avaliação de Carllos. Porém um grupo de aliados de Vane tenta viabilizar o presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), Roberto José, como candidato e poderia ser representante do campo. “É bom lembrar que Itabuna tem registrado vitórias dos candidatos da terceira via: Geraldo Simões no primeiro mandato, Capitão Azevedo em 2008 e Vane do Renascer em 2012 estavam nessa condição”, lembra Carllos. Ainda apostam nessa “mística das surpresas eleitorais de Itabuna” os candidatos Carlos Leahy, Leninha e Antônio Mangabeira.
Zó (PCdoB) e Joseph Bandeira (PDT)
Reeleito, o prefeito de Juazeiro Isaac Carvalho (PCdoB) não tem sucessor natural. Buscam a indicação o deputado estadual Zó, ex-vereador no município, o presidente da SAAE, Joaquim Neto, e os secretários Paulo Bonfim e Carlos Neiva – todos do PCdoB – e Flávio Luis (PP). “A força do prefeito e do seu grupo, somada ao estilo trator, fazem a diferença na reta final de campanha. Seus aliados apostam nessa mística, pois individualmente não têm poder de fogo”, sugere Ary Carllos. Para o analista político, Zé larga na frente e pode ser o candidato do grupo, abrindo espaço para o prefeito Isaac se candidatar a estadual em 2018. Pela oposição, os pré-candidatos “juram que estão articulando uma candidatura única”, segundo Carllos. “Joseph Bandeira (PDT), Márcio Jandir (DEM) e Wank Medrado (PMDB) juram que caminharão juntos em 2016. Nesse caso, serão fortes”, avalia Carllos. O grupo tem ainda apoios do deputado estadual Roberto Carlos (PDT) e dos ex-deputados federais Jorge Khoury (DEM) e Edson Duarte (PV) – e podem obter ainda o apoio do ex-deputado estadual Pedro Alcântara (PR). “Correndo por fora, tentando representar uma terceira via, estão o delegado Charles Leão (PV) e o Professor Paulo (PSOL)”, conclui o analista.
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