sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Estudantes da Unime são suspensos por dez dias: 'Querem cercear liberdade de expressão'

por Estela Marques
Estudantes da Unime são suspensos por dez dias: 'Querem cercear liberdade de expressão'
Foto: Divulgação
Cinco estudantes da Unime foram suspensos por dez dias, após asmanifestações contra a faculdade na última terça-feira (29). Um documento ao qual o Bahia Notícias teve acesso, datado de quarta-feira (30), notifica o presidente do Diretório Acadêmico do curso de Direito, Victor Quilici, sobre a abertura de uma sindicância para apuração de condutas que constituem "descumprimento das regras contidas no Regimento Geral da Faculdade", conforme incisos I, II, III e VI do art. 155. "Suspenderam baseado no artigo do regimento que diz que o aluno não pode macular a imagem da instituição, interna ou externamente, foi o que fizemos quando procuramos as mídias. Nosso direito de manifestação é garantido pela Constituição Federal e o regimento interno da faculdade não pode estar acima", desabafou o estudante de Direito. Segundo contou em entrevista na tarde desta quinta (1º), o diretor da faculdade afirmou que a suspensão é uma medida preventiva, porém o estudante especula que a real intenção é afastar os manifestantes da unidade de ensino durante o Giro de Profissões, que acontece nos dias 08 e 09 de outubro. No evento, a Unime monta estandes dos cursos oferecidos e levam jovens de escolas para conhecer a faculdade. "Nós ameaçamos a instituição, caso não cumprissem nossa pauta de reivindicações, estaríamos no giro com estande do DCE, com título de 'A verdadeira Unime', onde mostraríamos o que os alunos passam", contou Quilici. Com a suspensão, os estudantes estão proibidos de entrar na faculdade, mesmo sendo semana de provas. Um advogado do grupo já entrou com mandado de segurança para reverter a situação. Os estudantes só terão acesso às informações da sindicância após o prazo de suspensão, segundo Quilici. "É uma medida arbitrária, de uma faculdade incompetente e uma coordenadora acadêmica desqualificada, que não estão preparados para administrar pressão e adversidades. A instituição tem por dever educar seus alunos e faz parte a consciência crítica", reclamou o presidente do DA de Direito. Apesar das punições, os estudantes da Unime devem continuar as manifestações contra a má-prestação de serviços na unidade de ensino, inclusive com carro de som. A promessa é de parar os atos apenas quando a Unime suspender a sindicância.

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