Foto: Agência Brasil
Cheio de planos como montar um "Netflix brasileiro" e aprovar a nova lei Rouanet - chamada de ProCultura -, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, se vê barrado pelos cortes de verba da pasta. Ainda no primeiro semestre deste ano, o governo bloqueou quase 25% dos R$ 928,5 milhões previstos pela Lei Orçamentária da pasta no ano. Assim, a previsão é de que o orçamento final de 2015 fique abaixo dos R$ 700 milhões, segundo informações da Folha de S. Paulo após entrevista com o ministro.
Com os problemas vigentes no Congresso, como o pedido de abertura de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e a possibilidade de cassação do mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a nova lei Rouanet - principal projeto do ministro, que começou a tramitar na Câmara, em 2010 - fica preso no Senado. "Dá para perceber que a prioridade do Congresso é outra", declarou ao jornal. Com a crise na Petrobras, que, de maior patrocinadora da lei de incentivo com R$ 372 milhões, hoje ocupa o penúltimo lugar com R$ 15 milhões. "Evidente que vamos procurar sensibilizar a Petrobras, pois seu próprio reerguimento passa pela manutenção da imagem da empresa, tradicionalmente vinculada à responsabilidade social", apontou. O ministro teme que a Vale, atual maior incentivadora, diminua o investimento após a tragédia de Mariana, em Minas Gerais. Ainda assim, Juca ressalta que "não trabalha com a ideia de fechar programas". Sua ideia é "aumentar parcerias público-privadas" e "diminuir a abrangência [de projetos] para passar essa fase de dificuldade".
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