por Estadão Conteúdo | Luiz Guilherme Gerbelli

Foto: Marcos Santos/ USP Imagens
Os efeitos da perda do selo de bom pagador pelo Brasil por duas agências de classificação de risco devem se prolongar ao longo dos anos. Agora rebaixado para a categoria de grau especulativo, o País vê como mais difícil uma recuperação da credibilidade no mercado internacional. A sequência da perda do grau de investimento pelas agências Standard and Poors e Fitch afeta a economia em várias frentes. A decisão traz uma piora nas expectativas com o aumento do risco de a terceira agência, a Moodys, também tirar o selo de bom pagador do Brasil; o fluxo dos investimentos no País tende a diminuir; e a vida das empresas vai ficar mais difícil. "O crescimento brasileiro já seria mais baixo, mas o rebaixamento do País é mais uma restrição para a economia sair do buraco", afirma José Roberto Mendonça de Barros, sócio da consultoria MB Associados. O rebaixamento da nota brasileira promovido pelas agências de risco reforçou o mau humor da economia mundial com o País. Desde julho, as empresas brasileiras e instituições financeiras não fizeram nenhuma emissão no exterior. Os dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que as captações no exterior somaram apenas US$ 8,059 bilhões entre janeiro e novembro. No mesmo período do ano passado, foram US$ 45,485 bilhões.
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