segunda-feira, 5 de junho de 2017

CUT-BA confirma greve geral em 30 de junho e 'esquenta' em Salvador no dia 20

As centrais sindicais convocaram nesta segunda-feira (5) uma nova greve geral para o dia 30 de junho. De acordo com Cedro Silva, presidente da Central Única dos Trabalhadores na Bahia (CUT-BA), o ato será contrário às reformas trabalhista e da Previdência, pedirá também a saída do presidente Michel Temer e convocação de eleições diretas. A greve está sendo organizada pelas centrais sindicais CUT, CTB, UGT, NCST, Força Sindical, entre outras, além de movimentos sociais. “A primeira questão da classe trabalhadora é que se parem no Congresso as reformas. Segundo, é 'Fora Temer' e convocação de eleições gerais no país. Só eleições diretas vão unificar o país. Os trabalhadores não têm confiança nesse governo, muito por conta da falta de legitimidade. A população foi enganada com a história de que a recessão era culpa do antigo governo. Enquanto isso, desemprego está aumentando, políticas sociais das pessoas mais pobres foram todas destruídas”, criticou o dirigente sindical, em entrevista ao Bahia Notícias. “A população entendeu que quem está pagando o preço da falta de governo é a população mais pobre. A credibilidade do presidente foi pelo ralo”, bradou. Ainda segundo Silva, a greve geral será antecedida por um protesto que ele classificou como “esquenta” para a mobilização nacional. A manifestação, parte do Dia Nacional de Mobilização, acontecerá no dia 20 de junho, a partir das 15h, no Campo Grande, em Salvador. Conforme o presidente da CUT, mais de 200 cidades baianas já confirmaram adesão à greve geral, entre elas Feira de Santana, Vitória da Conquista, Eunápolis, Serrinha, Teixeira de Freitas, Alagoinhas, Ilhéus, Itabuna, Porto Seguro e Senhor do Bonfim. À tarde, assim como na greve geral de 28 de abril, um protesto acontecerá no Campo Grande, a partir das 15h. Para Silva, a paralisação nacional deve contribuir para fragilizar ainda mais a situação de Temer, acossado por denúncias de corrupção que vieram a público por meio das delações do frigorífico JBS. A consciência popular vem aumentando. A greve geral chama a atenção para que o país possa voltar à legalidade democrática. Vivemos um Estado de Exceção onde as pessoas não podem fazer nada. Só vale a palavra de um presidente ilegítimo. O Brasil está desgovernado”, afirmou.

por Bruno Luiz

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