Foto: Luiz Teixeira/ Bahia Notícias
Pré-candidato ao Senado na chapa liderada pelo petista Rui Costa na eleição estadual deste ano, o atual vice-governador baiano Otto Alencar (PSD) se definiu como aspirante "reformista" ao Congresso. Defensor da redução da maioridade penal para 16 anos, em caso de repetição de crimes violentos, para ele a prioridade é a reforma do Código Penal – datado de 1940 –, ainda em discussão no parlamento. "O resumo da ópera do Código Penal: bom para o bandido e péssimo para o cidadão", sentenciou, em entrevista ao Bahia Notícias, ao propor uma solução ainda mais polêmica. "Sou a favor da prisão perpétua para crimes hediondos com reincidência. Vou defender isso no Congresso. Se o criminoso é reincidente no crime, é um contumaz no crime, de crimes hediondos, e ele não tem mais condições de voltar ao convívio da sociedade, prisão perpétua para ele. [...] Se ele tem 16, 17 anos e já é um profissional do crime, do estupro, do sequestro, do homicídio, do latrocínio, se ele já é reincidente, ele deve ser punido como se tivesse maioridade", sugeriu. O postulante ainda falou sobre as reformas política – "se não houver o financiamento público, só a pessoa física rica vai ter a oportunidade de concorrer a uma eleição" – e tributária, em que defendeu a descentralização de recursos federais e autonomia regional. "Estados e municípios estão perto dos problemas e longe do dinheiro, que está lá em Brasília. Nas manifestações de junho do ano passado, o que a população mais reivindicava? Educação, saúde e transporte de qualidade. São atribuições de estados e municípios, mas onde está o dinheiro? No governo federal", considerou, ao avaliar que "ser governador ou prefeito nessas condições é atividade de altíssimo risco". Médico-ortopedista e ex-capoeirista, sobre a campanha, especificamente, Otto Alencar admitiu que a coligação da oposição é "a chapa mais anticarlista de toda a história política, no grupo ligado a Antônio Carlos [Magalhães]" e prometeu manter o respeito aos adversários: "O mestre Bimba dizia que recuar também é golpe".
Nenhum comentário:
Postar um comentário