“As pessoas gostam de trocar de carro todo ano, e eu, de caixão”. É assim, com jeito meio zombeteiro, que o mecânico Ronaldo Pereira Adorno, 48, considera normal viver há 30 anos com o caixão em que vai ser enterrado, na sala de casa. “Acho a vida um doce, mas temos nossa hora marcada, e não quero dar trabalho, por isso comprei o pacote completo: caixão com duas capelas, roupa e o lugar no Cemitério Campo Santo, em Itabuna”, diz ele. Dida do Caixão, como é conhecido, relata que comprou o primeiro caixão aos 18 anos. Aos 19, casou-se e, no início, a mulher estranhou viver com “aquilo” na sala, mas acabou se acostumando. O casal viveu durante cinco anos e teve um casal de filhos, que cresceu vendo o caixão incorporado à rotina diária da família. “Meu filho é que, de vez em quando, brinca e me chama de doido”, relata. O mecânico conta que, após a separação, teve várias namoradas. Algumas não gostaram muito do estranho objeto na sala, mas outras quiseram até dormir com ele dentro do caixão. Leia mais A Tarde.
FONTE : POLITICA LIVRE
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