por Evilásio Júnior
Foto: Divulgação
Tal qual o prefeito João Henrique, que causou ciumeira em seu partido – o PP – após anunciar voto em um vereador do PTN, a primeira-dama do Estado gerou um mal-estar com as candidatas petistas, sigla do seu marido, o governador Jaques Wagner. Na noite do último sábado (11), durante a inauguração do comitê da postulante à Câmara Fabíola Mansur (PSB), na Avenida Oceânica (Barra), Fátima Mendonça – que é filiada ao PV, mas está afastada da legenda –, declarou que digitará na urna, no próximo dia 7 de outubro, o número da socialista. “Ficam me perguntando em quem eu vou votar para vereador todo dia. Eu vim aqui para ninguém ter dúvidas em quem eu vou votar para vereadora. Meu voto é da minha amiga Fabíola Mansur”, alardeou, para um público de aproximadamente 700 pessoas. No PT, o clima foi de desolação. A atual líder da oposição no Legislativo de Salvador, Vânia Galvão, declarou ter recebido a notícia “com naturalidade”, mas admitiu que contava com a possibilidade de apoio de Fátima. “Todos nós esperávamos, mas se ela resolveu optar por Fabíola, é um direito que assiste a ela. O PT perde não tendo o apoio, mas paciência”, avaliou a edil, em entrevista ao Bahia Notícias. Já a presidente municipal petista, Marta Rodrigues, que também concorre à reeleição, ponderou que “respeita” a decisão da primeira-dama, porém salientou que o PSB – que faz parte da chapa proporcional com o PPL – sequer integra a coligação com o PT na disputa pelas 43 cadeiras disponíveis para a vereança este ano. “Eu esperava que ela votasse em alguém do PT, embora respeite Fabíola pela sua história e pelo compromisso com as mulheres e a saúde. A gente compreende, mas dentro do PT tem diversas mulheres de luta que são candidatas. Temos um leque grande de opções e dava para analisar o currículo de cada uma”, lamentou Marta. Só do PT são 18 postulantes. No total, a coligação “Todos por Salvador” (PT-PP-PTB-PSD) registrou 26 concorrentes do sexo feminino.
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