quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Texto considerado racista será retirado de livro; APLB examinará todo conteúdo


por David Mendes
Texto considerado racista será retirado de livro; APLB examinará todo conteúdo
Texto foi escrito em 1995 pelo escritor mineiro Alexandre Azevedo
O vereador de Salvador Léo Pratas (DEM) comunicou no plenário na Câmara de Vereadores, no final da sessão desta quarta-feira (20), que a prefeitura de Salvador determinou a retirada do texto “As Bonecas da Fernanda” do material didático que será distribuído aos alunos da Rede Municipal de Ensino. Segundo o democrata, que faz parte da base do governo, o secretário municipal de Comunicação, Roberto Messias, informou ainda que todos os textos adotados nos materiais elaborados pelo Instituto Alfa e Beto, contratado por R$ 12 milhões por dispensa de licitação, serão submetidos à avaliação do Sindicato dos professores municipais da capital baiana (APLB-Sindicato). Nesta quarta-feira (20), o presidente da Comissão de Educação do Legislativo soteropolitano, vereador Sílvio Humberto (PSB), acusou o conteúdo, escrito pelo cronista mineiro Alexandre Azevedo em 1995, de possuir citações racistas. Em entrevista ao Bahia Notícias, logo após ser informado da decisão da prefeitura de Salvador, Silvio Humberto, voltou a lamentar o episódio. “O estrago já foi feito. São mais de 10 anos de esforços dos movimentos para evitar que conteúdos como esse cheguem às carteiras dos alunos. Às vezes você melhora a infraestrutura, implanta escola integral, mas com um conteúdo desse não haverá avanço nenhum na educação”, condenou. Para o edil, faltou “eficiência” na condução do processo. “Em uma cidade como a nossa, com os principais indicadores lá em baixo, não pode haver essa falta de cuidado com a coisa pública, não só porque tudo isso envolve dinheiro público e, por isso, essa questão da eficiência na gestão, mas com as crianças também, porque interfere nos seus rendimentos e desenvolvimentos educacionais”, criticou. A Alfa e Beto fornecerá material didático para cerca de 90 mil alunos do 1° ao 5° ano om foco na alfabetização.

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