Foto: André Coelho/O Globo
A ex-senadora Marina Silva oficializou, na tarde deste sábado (5), sua filiação ao PSB, partido comandado pelo governador de Pernambuco e pré-candidato à presidência da República, Eduardo Campos. Em discurso, Marina afirmou que o PSB é um abrigo "transitório" aos apoiadores da Rede Sustentabilidade, partido que teve o registro negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ela afirmou que continuará sendo a porta voz da Rede e que a aliança com o PSB não será "pragmática" e sim "programática", uma critica indireta as atuais alianças políticas. "Eu tenho dito que não pensamos em projeto de poder pelo poder. O processo político se resumindo a eleições, ainda que sejam fundamentais. O que precisa para o Brasil é uma agenda estratégica, um compromisso de que o nosso país vai colocar lógica de longo prazo. Iniciar processo de governabilidade programática, em vez de governabilidade pragmática, distribuindo Estado em cargo aos partidos", condenou durante a cerimônia realizada no Hotel Nacional, em Brasília. A nova socialista afirmou ainda que o PSB "é um partido histórico com bandeiras históricas", e é o seu "plano C". “Pensei 'acho que vou trabalhar plano C'. [..] Pensei 'quem é o plano C? É o Eduardo Campos, é o PSB. E por quê? [...] Primeiro porque é partido histórico, com bandeiras históricas, e no dia da fundação nos mandou carta assinada por seu presidente, antecipando esse momento que talvez só Deus sabia”, disse. Pela negociação fechada diretamente entre o líder pernambucano e Marina, os dois se postulariam como "pré-candidatos" ao pleito de 2014, sendo que a definição do nome principal da chapa se daria no futuro, "sem ansiedade". Entretanto, o coordenador executivo da Rede, Bazileu Margarido, revelou a Agência Estado que a nova socialista "se disporia" a ser vice de Campos por "reconhecer" a sua candidatura. "Vamos para chancelar o programa da Rede e, em uma discussão democrática, adensar uma candidatura que já está posta", despistou.
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