sexta-feira, 30 de maio de 2014

Protesto contra a Copa termina em confronto e flechada de índio em policial no DF

Indígena atira flecha contra policial durante protesto em Brasília nesta terça-feira (27). (Foto: Lunae Parracho/Reuters)
Grupo de índios que participou de protesto em Brasília cercou policiais militares que estavam a cavalo
(Foto: Lunae Parracho/Reuters)
A 16 dias da abertura da Copa do Mundo, um protesto contra o mundial da Fifa terminou em confronto com a Polícia Militar na área central de Brasília, no fim da tarde e na noite desta terça-feira (27). Os manifestantes chegaram a fechar as seis faixas do Eixo Monumental, no sentido Torre de TV, o que gerou um grande congestionamento. Segundo a PM, cerca de 2,5 mil pessoas participaram da manifestação, entre as quais um grupo de 300 índios que desembarcou na capital federal para protestar contra mudanças nas regras de demarcação de terras indígenas.
Em meio ao protesto, um PM do pelotão de cavalaria foi atingido por uma flecha disparada por um indígena. O policial foi atendido pela ambulância do Samu e passa bem, segundo a corporação. Apesar de ter sido flagrado, o índio que disparou a flecha não foi preso, informou a  Polícia Militar.


Conforme a assessoria da Funai, desde 1988 os índios são responsáveis pelos seus atos e podem ser presos pela PM. A única restrição é com relação à prisão dentro de aldeia, que exige a presença da Polícia Federal, segundo a assessoria.

Imagem capta momento em que flecha atirada por indígena atinge perna de policial durante protesto em Brasília (Foto: Reprodução/TV Globo)
Imagem capta momento em que flecha atirada por
indígena atinge perna de policial durante protesto
em Brasília (Foto: Reprodução/TV Globo)
De acordo com o Conselho Indigenista de Missionários, dois índios também ficaram feridos com bombas de gás lacrimogêneo disparadas pelo Batalhão de Choque.
Em nota oficial, a Secretaria de Segurança Pública do DF, os policiais militares agiram “estritamente dentro do protocolo previsto em casos de manifestações”. A pasta disse que o ato foi contido no limite da área de visitação da Taça da Copa do Mundo e que preservou a integridade física dos participantes.


Ainda de acordo com a corporação, duas pessoas foram presas durante o tumulto: um homem por desacato à autoridade e outro por dano ao patrimônio.
Alvo dos manifestantes, o Estádio Nacional Mané Garrincha completou um ano no dia 18 de maio. A arena substituiu o antigo Mané Garrincha e vai receber sete partidas do Mundial, entre as quais o jogo entre Brasil e Camarões, no dia 23 de junho.
As obras do estádio, que custaram cerca de R$ 1,2 bilhão aos cofres do governo do Distrito Federal, estão sendo questionadas pelo Tribunal de Contas do DF por suspeitas de superfaturamento.

Moto da PM com flechas (Foto: Polícia Militar/Divulgação)
Moto da PM com flechas
(Foto: Polícia Militar/Divulgação)
G1

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