Foto: Reprodução / B2academia
O prefeito de Salvador ACM Neto sancionou, nesta quarta-feira (6), uma lei que obriga as academias de ginástica a disponibilizarem equipamento para aferir pressão arterial, como esfigmomanômetro e estetoscópio. O texto define, ainda, que o poder Executivo deverá regulamentar a lei dentro de 90 dias. Segundo o presidente do Conselho Regional de Educação Física (Cref), Paulo César Vieira Lima, a decisão foi “importantíssima” para o setor, mesmo que o órgão não tenha sido ouvido em "nenhum momento". “Toda academia deveria ter, principalmente pelos tipos de exercício que realizam. Mas acho que em qualquer lei que envolva atividade física e esportiva o Cref deveria ser ouvido, porque é quem fiscaliza os profissionais e defende a sociedade”, reclamou Lima. O fisiologista Alexandre Dortas, que atualmente trabalha com o lutador Júnior Cigano, também considerou o ato um passo importante. “A hipertensão é uma patologia silenciosa. Muitos portadores não sabem que têm o problema e mesmo os que estão sob acompanhamento médico podem ter algum problema”, explicou Dortas. Para ele, as academias não devem reclamar da obrigatoriedade, porque isto exige um investimento pequeno. A maioria, inclusive, já possuiria os equipamentos cobrados. Mas ele acredita que a legislação deveria ir além. “"Eu acho que essa obrigação deveria se estender ao Desfibrilador Automático Externo (DEA), porque traz maior segurança para os usuários, principalmente para aqueles que sofrem com alguma patologia crônica”, defendeu. Lenildo Júnior, dono da academia Sport Point, concorda com o fisiologista quanto à presença do DEA. “Nós temos todos os equipamentos e nossos instrutores fazem um curso de primeiros socorros para que, em uma situação de emergência, eles saibam realizar as manobras de salvamento”, explica. Ele acredita, contudo, que é mais difícil que todas as academias possuam um desfibrilador, por causa do custo. A situação é confirmada pelo presidente do Cref. “É impossível. Seria o ideal, mas nós temos academias de muitos portes e às vezes elas não têm condições. O que nós recomendamos, apesar de não ser lei, é que as pessoas façam avaliações médicas antes de iniciar as atividades”, reforçou.
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