por Bruna Castelo Branco
Antonio Falcão, do Conselho Regional de Odontologia da Bahia. Foto: BN
O Conselho Regional de Odontologia da Bahia (CROBA) identificou, entre os anos de 2013 e 2014, 41 casos de falsos dentistas que atuavam no estado, na capital e no interior. O número de pessoas autuadas aumentou 400% em comparação aos anos interiores, e a Bahia foi o estado brasileiro que mais detectou esses casos, de acordo com dados do CROBA. Segundo Antônio Falcão, Conselheiro Secretário do conselho, o alto índice de profissionais não capacitados atuando na área da odontologia se justifica pela “desinformação” da população. “Tudo é uma questão de informação. Se o estado não quer educar as pessoas para que tenham conhecimento da existência de profissionais qualificados para atender quanto à sua saúde, vai continuar acontecendo o exercício ilegal dessas profissões”. O Conselheiro ainda afirmou que, para evitar ser atendido por falsos dentistas, é necessário que os pacientes pesquisem antes se o profissional é, de fato, qualificado. Esse dado pode ser encontrado no site do CROBA: basta procurar pelo nome do dentista, no mecanismo de busca da página, para descobrir se ele está autorizado. A CROBA contou com a parceria da Polícia Militar, Polícia Civil e Vigilância Sanitária para fiscalizar a situação dos dentistas ilegais: “Se não fosse essa parceria, nós não teríamos obtido esse número de prisões. A polícia prende, e a Vigilância Sanitária interdita”. A população também pode denunciar os casos através do site do CROBA, e, de acordo com Falcão, muitas prisões foram realizadas a partir de denúncias. O conselheiro ainda informou que a maioria dos dentistas ilegais autuados atuava no interior da Bahia.
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