Foto: BBC
Lidia García Villar, uma espanhola de 34 anos, vivia uma vida normal até que, literalmente de um dia para o outro, em questão de 24 horas, deixou de andar. De acordo com a BBC, o motivo foi uma doença que está se tornando cada vez mais conhecida e temida pelos baianos: a Síndrome de Guillain-Barré. A enfermidade autoimune, que se caracteriza pela agressão do próprio sistema nervoso às terminações nervosas do corpo, fazendo com que os pacientes percam seus movimentos, fez com que Lídia passasse a depender de alguém para tudo. "Me davam banho, me vestiam, me alimentavam", diz, lembrando o período logo após o diagnóstico, há apenas nove meses. Você se sente super vulnerável", confessa. O pesadelo na vida da mulher começou numa tarde de outubro do ano passado, quando ela perdeu a força nas mãos. No começo, ela conta não ter dado muita importância ao fato, mas com o passar das horas descobriu que a sensação de perda de firmeza foi ficando cada vez mais forte. Um dos primeiros sinais, lembra Lidia, foi não conseguir abrir e fechar a presilha do cabelo da filha. Na manhã seguinte, ela já não conseguia usar as mãos. Quando se deu conta de que os movimentos de seu corpo estavam prejudicados, Lidia decidiu ir ao hospital e, ao se consultar com uma neurologista, um dia e meio após os primeiros sintomas, conta que não conseguia mais se levantar sozinha. Tampouco tinha reflexos involuntários. "Em poucas horas, meus músculos estavam completamente atrofiados", revela. Segundo o especialista Marcondes Cavalcante França Júnior, especialista no estudo sobre a Guillain-Barré, a cura total para a doença vem em cerca de 10 meses, muito tempo após o surgimento dos primeiros sintomas. No entanto, de acordo com França Júnior, se descoberta ainda e tratada ainda em seu início, a enfermidade não deixa sequelas e nem leva a morte. Na Bahia, de acordo com os últimos dados divulgados pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), foram confirmados 53 casos da doença.
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