segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Líderes mundiais elogiam acordo climático e aplaudem esforço francês

por Associated Press | Estadão Conteúdo
Líderes mundiais elogiam acordo climático e aplaudem esforço francês
Foto: Arnaud Bouissou/ COP21
O acordo climático de Paris, firmado este sábado (12) (clique aqui e entenda), foi comemorado ao longo deste domingo (13) por diversas autoridades mundiais. Os elogios se voltaram ainda para o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, o anfitrião das conversas que duraram duas semanas e que foram costuradas por um intenso esforço diplomático francês ao longo de mais de um ano. O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, se disse "em choque" com a notícia do acordo. "Estou em choque, mas um choque feliz", disse em entrevista à agência Associated Press. Para ele, as conversas em Paris alcançaram algo "mais ambicioso do que as mais altas expectativas". Ministros de 195 países aprovaram neste sábado o Acordo de Paris, primeiro marco jurídico universal de luta contra o aquecimento global. O documento da 21ª Conferência do Clima (COP21) das Nações Unidas terá caráter "legalmente vinculante": obriga todas as nações signatárias a organizar estratégias para limitar o aumento médio da temperatura da Terra a 1,5ºC até 2100 e prevê US$ 100 bilhões por ano para projetos de adaptação dos efeitos do aquecimento a partir de 2020. "É raro na vida ser capaz de mover as coisas adiante em um nível mundial", disse Fabius, visivelmente emocionado ao deixar a plenária. Ele recebeu os elogios do Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry: "você fez um trabalho espetacular como todos disseram", afirmou o norte-americano, expressando a "profunda gratidão" do governo de Barack Obama à França. Obama, por sua vez, declarou que o acordo climático "pode ser um ponto de virada para o mundo". O acordo diplomático é visto na França como uma vitória bem recebida para o governo socialista do presidente francês François Hollande, que enfrenta um desafio duro contra a extrema direita e os conservadores nas urnas em eleições regionais. 

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