A boxeadora baiana Adriana Araújo conquistou a medalha de bronze nos jogos olímpicos de Londres, nesta quarta-feira (8). Adriana foi derrotada pela russa Sofya Ochigava, por 17 a 11, na semifinal do torneio de boxe da categoria peso leve (até 60 quilos).
Em entrevista ao UOL, a pugilista mandou um recado ao presidente da Confederação Brasileira de Boxe, Mauro Silva, e afirmou não ser uma “paraquedista” em Londres. “O presidente da Confederação despreza o boxe feminino e masculino. Eu fui humilhada por ele, ele falou que eu não tinha condições de me classificar. E essa medalha cala a boca dele. O povo não sabe das coisas que acontecem. Eu não caí de paraquedas aqui”, disse.
Além disso, reclamou do fato de não poder fazer seus treinos em Salvador, sua cidade natal, onde trabalha com o técnico Luiz Dórea, mestre de astros como o tetracampeão mundial Popó e Júnior Cigano, campeão do UFC. “A gente tem que suportar esta política. Eu gostaria de treinar com meu técnico, Luiz Dórea, mas não podemos, temos de ficar em São Paulo para lutar pela seleção. Muitos ficam até com depressão lá”, falou a medalhista de bronze.
Na segunda, a atleta já tinha entrado para a história do boxe olímpico nacional, quando venceu a marroquina Mahjouba Oubtil, por 16 a 12, pelas quartas-de-final garantindo o bronze. Desde 1968, com Servílio de Oliveira, o Brasil não conquistava uma medalha no boxe em Olimpíadas.
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