quarta-feira, 5 de junho de 2013

PM fará uso progressivo da força caso necessite desobstruir vias de Salvador, diz Maurício Barbosa

por David Mendes
PM fará uso progressivo da força caso necessite desobstruir vias de Salvador, diz Maurício Barbosa
Foto: Adenilson Nunes/Secom-BA
A ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar da Bahia contra estudantes e professores da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) seguiu todos os protocolos necessários em casos que dependam da intervenção policial para a garantia da ordem pública. A afirmação foi feita pelo secretário estadual da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa. Na manhã desta terça-feira (4), manifestantes interditaram um trecho da Avenida Paralela, em Salvador, para protestar contra o não pagamento dos salários e dos direitos trabalhistas dos docentes da instituição privada de ensino superior. A manifestação foi interrompida por PMs, que utilizaram bombas de gás e balas de borracha para dispersar o movimento e desobstruir a via. Na ação, alguns manifestantes ficaram levemente feridos. “O que nós queremos passar, inclusive dizemos isso às nossas polícias, é que o direito democrático de protesto existe e tem que ser exercido, até porque é o cerne da democracia, mas com tanto que seja feito sem causar transtornos à cidade. O que não podemos aceitar é o fechamento de vias, por qualquer motivo, que traga transtornos ou que traga risco de vida a outras pessoas, como aquelas que estão em ambulâncias, por exemplo”, afirmou o chefe da pasta, em entrevista ao Bahia Notícias. De acordo com Barbosa, que participa em Belo Horizonte de um encontro com secretários da Segurança Pública dos estados brasileiros, a intervenção foi realizada após esgotar-se todas as tentativas de negociação para a liberação da Paralela, considerada uma das artérias de locomoção da capital baiana. “Houve uma tentativa de negociação com os manifestantes. Foi colocado para eles que poderiam fazer o protesto em frente à faculdade até a chegada da imprensa, ou até no canteiro central da [Avenida] Paralela, coisa que não foi observada pelos manifestantes, que decidiram fechar o trânsito. Nós estamos acompanhando engarrafamentos críticos pela cidade sem manifestação, com manifestação fica pior ainda. Então, não restou outra solução, já que não foi aceito o que foi colocado pela Polícia Militar, que necessitou fazer uso progressivo da força com a utilização de armas não letais conforme a resistência colocada frente à ordem pública”, justificou.

Ainda segundo o chefe da pasta, a PM está orientada a seguir todos os protocolos e agir, caso haja necessidade de desobstrução das ruas e avenidas de Salvador. “Temos que mostrar para as pessoas que estão reivindicando que o direito delas vai até onde vai o direito da coletividade. A orientação da Secretaria de Segurança Pública, que tem o dever de manter a ordem pública, é negociar e mostrar a essas pessoas que elas têm esse direito de reivindicar, observando o direito de ir e vir das pessoas. E se houver a necessidade de utilização do uso progressivo da força em qualquer lugar, ela terá que ser utilizada para garantir a desobstrução das vias. Não queremos impedir que as pessoas se manifestem, mas não queremos trazer transtornos para a cidade. Nós temos esse protocolo e vamos seguí-lo”, alertou.

Um comentário:

  1. Com relação a esta atuação com os alunos da FTC, eu achei que a polícia agiu corretamente, como pode um grupo de alunos protestar contra uma instituição particular em vias publicas!!!!
    Quer dizer que fechar a paralela e/ou a BR virou tradição em qualquer tipo de manifestação, me deixe viu Artêmio.

    GUEU-20

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