por David Mendes
Foto: Adenilson Nunes/Secom-BA
A ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar da Bahia contra estudantes e professores da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) seguiu todos os protocolos necessários em casos que dependam da intervenção policial para a garantia da ordem pública. A afirmação foi feita pelo secretário estadual da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa. Na manhã desta terça-feira (4), manifestantes interditaram um trecho da Avenida Paralela, em Salvador, para protestar contra o não pagamento dos salários e dos direitos trabalhistas dos docentes da instituição privada de ensino superior. A manifestação foi interrompida por PMs, que utilizaram bombas de gás e balas de borracha para dispersar o movimento e desobstruir a via. Na ação, alguns manifestantes ficaram levemente feridos. “O que nós queremos passar, inclusive dizemos isso às nossas polícias, é que o direito democrático de protesto existe e tem que ser exercido, até porque é o cerne da democracia, mas com tanto que seja feito sem causar transtornos à cidade. O que não podemos aceitar é o fechamento de vias, por qualquer motivo, que traga transtornos ou que traga risco de vida a outras pessoas, como aquelas que estão em ambulâncias, por exemplo”, afirmou o chefe da pasta, em entrevista ao Bahia Notícias. De acordo com Barbosa, que participa em Belo Horizonte de um encontro com secretários da Segurança Pública dos estados brasileiros, a intervenção foi realizada após esgotar-se todas as tentativas de negociação para a liberação da Paralela, considerada uma das artérias de locomoção da capital baiana. “Houve uma tentativa de negociação com os manifestantes. Foi colocado para eles que poderiam fazer o protesto em frente à faculdade até a chegada da imprensa, ou até no canteiro central da [Avenida] Paralela, coisa que não foi observada pelos manifestantes, que decidiram fechar o trânsito. Nós estamos acompanhando engarrafamentos críticos pela cidade sem manifestação, com manifestação fica pior ainda. Então, não restou outra solução, já que não foi aceito o que foi colocado pela Polícia Militar, que necessitou fazer uso progressivo da força com a utilização de armas não letais conforme a resistência colocada frente à ordem pública”, justificou.
Ainda segundo o chefe da pasta, a PM está orientada a seguir todos os protocolos e agir, caso haja necessidade de desobstrução das ruas e avenidas de Salvador. “Temos que mostrar para as pessoas que estão reivindicando que o direito delas vai até onde vai o direito da coletividade. A orientação da Secretaria de Segurança Pública, que tem o dever de manter a ordem pública, é negociar e mostrar a essas pessoas que elas têm esse direito de reivindicar, observando o direito de ir e vir das pessoas. E se houver a necessidade de utilização do uso progressivo da força em qualquer lugar, ela terá que ser utilizada para garantir a desobstrução das vias. Não queremos impedir que as pessoas se manifestem, mas não queremos trazer transtornos para a cidade. Nós temos esse protocolo e vamos seguí-lo”, alertou.
Com relação a esta atuação com os alunos da FTC, eu achei que a polícia agiu corretamente, como pode um grupo de alunos protestar contra uma instituição particular em vias publicas!!!!
ResponderExcluirQuer dizer que fechar a paralela e/ou a BR virou tradição em qualquer tipo de manifestação, me deixe viu Artêmio.
GUEU-20