por Samuel Celestino
No final dos anos 80, abriu-se uma brecha, o que agora voltou a acontecer na Câmara dos Deputados em projeto de lei complementar, para a criação de novos municípios no País. Aqui na Assembleia Legislativa da Bahia, um deputado, Coriolano Sales, de Vitória da Conquista, abriu “a torneira” e liderou a criação de municípios. Muitos parlamentares o acompanharam e passaram a transformar distritos em municípios. Aconteceu que o número deles no Estado deu um pulo para os atuais 417 (incluindo Salvador) gerando uma despesa imensa para dotar os novos municípios de condições básicas, inclusive prefeituras, câmaras de vereadores, funcionários públicos, e, em alguns casos, comarcas do Judiciário. A Assembleia baiana se transformou, na época, num inferno, porque grande parte dos distritos não reuniam condições básicas, ou mínimas, para se transformar em municípios. Aconteceu de outro lado, que os deputados que os criavam passaram a comandá-los transformando-os em redutos eleitorais cativos. Isso foi mudando com o tempo, mas, até hoje, há espalhados pelo território baiano, muitos daqueles municípios criados que vivem à míngua, em total miséria. Outros floresceram. Agora vem por aí uma nova onda na medida em que a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei para a criação de municípios em todo o Brasil, Festa na Assembleia baiana. Com certeza.
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