por Sandro Freitas
Foto: Divulgação
O PDT terá um candidato a governador mesmo sem a indicação do atual ocupante do cargo, Jaques Wagner (PT). O nome do escolhido pela legenda para concorrer ao Palácio de Ondina é o do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, que “independentemente” de ser o nome indicado pelo “técnico”, estará nas urnas em 2014. Apesar de o próprio Nilo preferir manter o tom de que “tenta viabilizar ser o candidato da base”, o presidente do PDT, Alexandre Brust, garantiu ao Bahia Notícias que “não existe hipótese de o partido não ter candidato ao governo do Estado”. O cenário já está desenhado, pois apesar de os pedetistas não admitirem que o postulante de Wagner será petista, a decisão já foi tomada (ver aqui, aqui, e aqui). Nilo preferiu não especular o que faria neste cenário, mas Brust não escondeu que decisão será tomada. “Aí Marcelo Nilo será candidato independente, até porque temos dois turnos e podemos nos juntar lá na frente. Lídice [da Mata, senadora do PSB-BA] também é candidata para dar palanque a Eduardo [Campos, presidente nacional do PSB] e diz que o governador dela continua sendo Jaques Wagner. Nós não admitiremos a hipótese de ficar fora da majoritária. Pretendemos a cabeça, mas se não houver espaço, evidentemente que Nilo é candidato”, garantiu Brust. A chapa majoritária tem três vagas: governador, vice-governador e senador. O primeiro será petista e o terceiro terá como candidato o atual vice de Wagner, Otto Alencar (PSD). A vaga de vice está em aberto, mas o presidente do PP na Bahia, deputado federal Mário Negromonte, assegura que o posto foi prometido a ele pelo chefe do Executivo baiano, apesar de recentemente ter criticado o PT.
Foto: Reprodução - Marcelo Nilo / Facebook
Apesar de negar uma possível insatisfação com a falta de espaço na chapa para o PDT, o presidente da legenda na Bahia concordou com o líder nacional pedetista, Carlos Lupi, que considerou a ausência da sigla entre os indicados uma “humilhação” e afirmou que a legenda não está “para brincadeira”. Alexandre Brust falou ao BN que o PDT pode até “ficar fora da majoritária da base do governo”, mas alegou que Negromonte “falou o que ele espera acontecer”. Em contato com o BN, Marcelo Nilo manteve o discurso de que não ouviu da boca de Wagner que o candidato será petista e aguarda “o passar da água debaixo da ponte”. Nesta terça-feira (15), o presidente da AL-BA realizou um “encontro de amigos”, que ele diz não ter sido um evento para reforçar a corrida pelo Palácio de Ondina, mas sim uma apresentação das diretrizes do PDT para 2014. Segundo Nilo e Brust, o evento contou com mais de 600 pessoas, de diversos partidos e cidades do estado. Muitos correram do Gran Hotel Stella Maris, onde a presidente Dilma Rousseff participou da assinatura da concessão do metrô (veraqui e aqui), para o churrasco pedetista. Entre eles, o líder do governo na Assembleia, Zé Neto (PT); o presidente estadual petista, Jonas Paulo; além de prefeitos e parlamentares baianos. Também estiveram presentes o líder da oposição na AL-BA, Elmar Nascimento (DEM); o presidente baiano do Democratas, Paulo Azi; e Lupi. “Minha candidatura é suprapartidária, não é exclusiva do PDT”, declarou Nilo. Em 2012, na eleição de Salvador, o PDT bateu pé firme de que teria candidatura, cogitou postular a vice-prefeitura com Nelson Pelegrino (PT) e acabou de mãos abanando, com apenas um vereador eleito – Odiosvaldo Vigas.
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